Textos, estudos e músicas.

Mês: junho 2018 Page 4 of 19

A Bíblia

A BÍBLIA

Eu, a Bíblia, estou em suas mãos. Quero ser uma bênção para você. Então atente para as verdades que lhe digo e para os conselhos que lhe dou ao pórtico de qualquer leitura de minhas páginas:
1. sou o Livro dos Livros Nenhuma criação ou obra humana se sobrepõe a mim, porque sou a palavra inspirada do Senhor (II Tim. 3:16);
2. não sou livro de ciências, embora a elas faça algumas referências: sou o livro do coração de Deus para o seu coração carente de alimento espiritual. (Sal. 42:1-2);
3. apresento cenas, painés, histórias, provérbios, poesias, lutas de reis, fatos sociais vulgares, intrigas palacianas, atitudes nobres, procedimentos vis, fracassos e vitórias de grandes personalidades, santos e ímpios, e faço-o com inteira imparcialidade. Sou a verdade (João 17:17);
4. entro em aposentos de reis e príncipes, em casebres paupérrimos, em escritórios de sábios e de inteligências menos aquinhoadas, para lhes anunciar o maior amor, o amor de Deus em Cristo Jesus. Sou o livro mais popular do mundo (Is 11:9)
5. vivo na mente e no coração de milhões de criaturas. Se eu desaparecesse da face da Terra agora, grande parte do que tenho e sou seria reconstituída por leitores meus e crentes piedosos que não se envergonha de mim (Rom 1:16);
6. desejo ser pão para a sua fome da verdade (João 6), água para a sua sede de vera Justiça (Atos 17:3), bálsamo para as suas angústias e sofrimentos morais (Mat 11:28), bússola para todas as suas peregrinações neste mundo (Sal 119:19);
7. por mim aprenderá que há um Deus só, um Mediador entre o Pai e você (I Tim 2:5), um Mestre e Senhor (João 13:13) – JESUS. Esperança nossa (I Pe 1:3). Amigo sem par (João 13:1);
8. Moisés teve de tirar as sandálias dos pés para pisar a terra santa (Ex 3:5). Descalçar as sandálias da vaidade humana, porque vai meditar na Catedral do Espírito. Em mim fala o Senhor (1:2);
9. não me manuseie com altivez acadêmica, mas com humildade, com o santo propósito de ouvir a mensagem de Cristo, a luz do Mundo (João 8:12). Diga como o jovem Samuel: – “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve”. (I Sam 3:5, 10);
10. com oração e sossego, com amor e fé, com singeleza de coração, aproxime-se de mim e o Deus da verdadeira Paz será com você eternamente (Fil 4:9).

Autor Desconhecido

Pequeno relato dos livros da Bíblia

PEQUENO RELATO DOS LIVROS

Os 66 livros da Bíblia estão divididos em duas partes: O Antigo Testamento ou Velho Testamento com 39 livros e o Novo Testamento com 27 livros. Cerca de 40 personagens se envolveram na autoria e compilação dos livros que compõem a Bíblia Sagrada. Cada escritor manifestou seu próprio estilo e características literárias. Entretanto, há na Bíblia um só plano ou projeto, que de fato mostra a existência de um só autor divino, guiando os escritores. O Velho Testamento é dividido em cinco partes:
1. Pentateuco Livros da Lei ou Torá contêm cinco livros:

Gênesis – Como a palavra bem indica, é o livro dos princípios: do céu e da terra, das ilhas e dos mares, dos animais e do homem. Com Abraão, temos o começo de uma raça, um povo, uma revelação divina particular, e finalmente uma igreja.
Êxodo – Relata o povo de Deus escravizado no Egito e a grande libertação divina, usando a instrumentalidade de Moisés.
Levítico – Leis acerca de moralidade, limpeza, alimento, sacrifícios, etc.

Números – Relata a perigrinação de Israel, quarenta anos pelo deserto.

Deuteronômio – Repetição das leis.

2. Livros Históricos, doze livros:

Josué – Trata da conquista de Canaã. O milagre da passagem do rio Jordão, a queda das muralhas de Jericó, a vitória sobre as sete nações Cananeias, a divisão da terra prometida e, finalmente, a morte de Josué com cento e dez anos.
Juízes – Várias libertações através dos quinze juízes.

Rute – A linda história de Rute, uma ascendente de Davi e de Jesus Cristo.

I e II Samuel – Relatam a história de Samuel, da implantação da monarquia, sendo Saul o primeiro rei ungido por Samuel. Samuel como o último juiz e a história de Davi.
I e II Reis – Relatam a edificação do Templo de Jerusalém, a divisão do reino. Ministério de Elias e Eliseu. Ainda em II Reis está relatado o cativeiro do Reino do Norte pelos exércitos assírios, e do Sul com o poderio Caldeu de Nabucodonosor
I e II Crônicas – Registram os reinados de Davi, Salomão e dos reis de Judá até a época do cativeiro babilônico.
Esdras – Relata o retorno de Judá do cativeiro babilônico com Zorobabel e a reconstrução do templo de Jerusalém.
Neemias – Relata historia da reedificação das muralhas de Jerusalém.
Ester – Relata a libertação dos judeus por Ester e o estabelecimento da festa de Purim.
3. Livros Poéticos, cinco livros:

Jó – Sofrimento, paciência e libertação de Jó.

Salmos – Cânticos espirituais, proclamações, poemas e orações.

Provérbios – Dissertações sobre sabedoria, temperança, justiça, etc.

Eclesiastes – Reflexões sobre a vida, deveres e obrigações perante Deus.

Cântico dos cânticos – Descreve o amor de Salomão pela jovem sulamita.

4. Profetas Maiores, cinco livros:

Isaías – Muitas profecias messiânicas, é considerado o profeta da redenção. O livro contém maldições pronunciadas sobre as nações pecadoras.

Jeremias – Tem por tema a reincidência, o cativeiro e a restauração dos judeus. Jeremias é considerado o profeta chorão.
Lamentações – Clamores de Jeremias, lamentando as aflições de Israel.

Ezequiel – Um livro que contém muitas metáforas para descrever a condição, exaltação e a glória futura do povo de Deus.

Daniel – Visões apocalípticas.

5. Profetas Menores, doze livros:

Oséias – Relata a apostasia de Israel caracterizada como adultério espiritual. Contém muitas metáforas que descrevem os pecados do povo.
Joel – Descreve o arrependimento de Judá e as bênçãos. “O dia do Senhor” é enfatizado como um dia de juízo e também de benção.
Amós – Através de visões o profeta reformador denuncia o egoísmo e o pecado.

Obadias – A condenação de Edom e a libertação de Israel.

Jonas – Relata a história de Jonas, o missionário que relutou para levar a mensagem de Deus a cidade de Nínive. O mais bem sucedido dentre os profetas. Um dos profetas que pregou o arrependimento do povo. O povo arrependeu-se e o profeta ficou triste e desejou a morte.
Miquéias – Condição moral de Israel e Judá. Também prediz o estabelecimento do reino messiânico.
Naum – A destruição de Nínive e libertação de Judá da opressão assírica.

Habacuque – O grande questionamento do profeta a Deus. Como pode Deus justo permitir que uma nação pecadora oprima Israel. Contém uma das mais belas orações da Bíblia.
Sofonias – Ameaças e visão da gloria futura de Israel.

Ageu – Repreende o povo por negligenciar a construção do segundo templo e promete a volta da gloria de Deus.
Zacarias – Através de visões, profetiza o triunfo final do reino de Deus. Ageu ajudou a animar os judeus a reconstruírem o templo. Foi contemporâneo de Ageu.
Malaquias – Descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias.
O Novo Testamento também tem cinco divisões:

1. Os Evangelhos ou Biográficos:
Mateus, Marcos, Lucas e João. Manifestação do Evangelho. A questão central é a carreira terrena de Jesus Cristo, o filho de Deus.
2. Histórico: Atos dos Apóstolos.
Propagação do Evangelho. Trata dos resultados da morte e da ressurreição de Cristo, com a propagação das “Boas Novas” por impulso e liderança do Espirito Santo, começando em Jerusalém, Judeia, Samaria e ate os confins da terra.
3. Epístolas Paulinas:
Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossences, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon.
4. Epístolas gerais:
Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João, Judas. Explicação do Evangelho. As explicações e os conselhos dados pelos apóstolos as igrejas cristãs, ainda no berço, onde são fixadas as doutrinas que devem ser cridas e vividas pelos cristãos de todos os séculos.
5. Profético:
Apocalipse – Revelação, Consumação e Juízo de Deus. Um novo Céu e uma nova Terra.

Neusa Rocha de Souza
Bel. em Teologia

Quem foi Tertuliano?

Quem foi Tertuliano?.

Tertuliano, nasceu em Cartago por volta de 150 e 155 d.C., filho de família pagã abastada. Estudou Direito e exerceu a profissão em Roma. Tinha o domínio da língua grega e possuía grande erudição em filosofia e história. Entre os anos 190 e 195 d.C. converteu-se ao cristianismo provavelmente em Roma, e passou a dedicar-se ao estudo da literatura cristã, tanto ortodoxa quanto herética. Pouco tempo depois voltou a Cartago, onde foi ordenado presbítero e lá viveu até a sua morte que ocorreu entre os anos 222 e 225 d.C. Tertuliano esteve vinculado à Igreja de Roma, no período em que houve uma grande perseguição contra os cristãos movida pelo Imperador Sétimo Severo no Norte da África, em 202 d.C. que reacendeu o puritanismo natural em Tertuliano, levando-o a simpatizar-se com o montanismo. O que mais chamava à atenção neste movimento eram os seus aspectos ascético e anti-mundanos.
Em torno do ano 200 d.C. Tertuliano rompeu com a Igreja Católica, passando a criticá-la veemente, em reiterados protestos. Alguns historiadores afirmam, que antes de sua morte fundou uma seita própria.
Entre 197 e 220 d.C, Tertuliano, dedicou-se a carreira literária de defesa e explicação do cristianismo. Foi o primeiro escritor eclesiástico mais importante da língua latina. Seu estilo era muito bom de ler, porque a sua escrita era vívida, satírica e fácil de ler-se. Seu método era muito parecido com o de um advogado expondo em um tribunal. O intenso fervor espiritual que demonstrava tornava-o sempre admirável o que escrevia. Foi intitulado de o pai da teologia latina.
Tertuliano, não era um teólogo especulativo. Seu pensamento se baseava no dos apologistas como Irineu e também no de guardiães da tradição da Ásia Menor, tanto as idéias estóicas como os conceitos jurídicos. Dava o sentido de ordem e de autoridade o que era peculiar aos romanos. Todos os assuntos que escrevia eram formulados com clareza e definição peculiar à mente jurídica. Por esse motivo ele foi considerado mais do que qualquer outro escritor anterior, emprestando precisão a muitos conceitos teológicos até então pouco compreendidos.
Para Tertuliano, o cristianismo era uma grande loucura divina, porque era mais sábio do que a sabedoria filosófica humana, difícil de ser equacionado por qualquer sistema filosófico. Para ele o cristianismo consistia no conhecimento de Deus. Com base na razão e na autoridade que está sediada na Igreja ortodoxa, que segundo ele a única que possui a verdade, declarada no credo, bem como o direito de usar as Escrituras.
Tertuliano, afirmava que o cristianismo era uma nova lei pregada por Jesus Cristo com a nova promessa de reino do céu. O seguidor de Jesus era admitido na igreja pelo batismo, mediante o qual todos os seus pecados anteriores foram apagados. Tertuliano conseguiu demonstrar para a igreja o profundo sentido de pecado e da graça. Afirmava que embora a salvação se fundamente na graça, o homem tem muito a fazer. Embora Deus perdoe no batismo os pecados passados, é necessário oferecer satisfação pelos cometidos posteriormente, isso mediante os sacrifícios voluntários.
Quanto mais o homem punir-se a si mesmo, tanto menor será a punição que Deus lhe há de aplicar.
Tertuliano, como ninguém o havia feito até então em seu trabalho principal chamado de “Contra Práxeas”, define Divindade em termos que anteciparam a conclusão a que chegaria o Concílio Niceno mais de um século depois. “Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os três, Pai, Filho e Espírito Santo; três, contudo… não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é dom de Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo”. Tertuliano descreveu estas distinções da Divindade como “pessoas”, termo que não tem a conotação, que nos é familiar, de personalidades, mas de modos objetivos de ser. Tertuliano deixou marcas significativas na teologia latina.

Augusto Bello de Souza Filho
Bacharel em Teologia

Por dentro do Tabernáculo

POR DENTRO DO TABERNÁCULO

Pr. Peniel Pacheco

Por que estudar sobre o tabernáculo?
Há quem duvide da necessidade de se estudar com maior profundidade os temas bíblicos mais ligados ao povo de Israel.
Para alguns pode parecer ‘uma perda de tempo’ o debruçar-se sobre um assunto permeado de particularidades tão complexas como o tabernáculo.
O argumento mais forte usado por estes, baseia-se no fato de que o Antigo Testamento, teria uma ligação unilateral com a nação israelita, sendo sua aplicação restrita ao período da história de Israel.
Tal afirmação, no entanto, é absolutamente infundada, uma vez que a própria Bíblia declara que “todas estas coisas sucederam como exemplo para nós” I Co 10:6) e “estão escritas para admoestar-nos” (I Co 10:11).
O escritor aos Hebreus é ainda mais enfático quando declara que todos os detalhes do tabernáculo são “figura e sombra das coisas celestiais” (Hb 3:5).
Há que se ressaltar ainda que o tabernáculo está mencionado em 50 capítulos da Bíblia, no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
A expressão ‘a Tenda da Congregação’ que se refere ao tabernáculo aparece 144 vezes na Bíblia.
Isto nos faz deduzir que, sendo a Bíblia um livro inspirado por Deus, não há porque imaginar que um tema tão fartamente mencionado seja considerado irrelevante para a vida cristã.
Menosprezar o estudo do tabernáculo é desprezar a Bíblia – a palavra escrita – e o próprio Cristo – a Palavra Viva.
Jesus disse: “Examinai as Escrituras porque são elas que de mim testificam”.
Não há, em todo o Antigo Testamento, outro tema mais rico em figuras e símbolos a respeito de Cristo do que o tabernáculo.
É simplesmente fascinante descobrir quanta riqueza espiritual se esconde por detrás daquela tenda no deserto em conexão com a vida de Cristo e da Igreja.
O objetivo do nosso estudo é justamente procurar evidenciar esta relação.
Nossa oração é que Deus remova o véu da obscuridade para que contemplemos face a face as maravilhas da Casa de Deus.

CAPÍTULOS QUE FALAM SOBRE O TABERNÁCULO

Velho Testamento

Livro Quant. de Capítulos Capítulos
Êxodo 15 25-31 e 33-40
Levítico 18 1-10, 12, 15, 16, 17, 21, 23, 24 e 26
Números 13 1-5, 7-10, 16, 17, 19 e 31
Deuteronômio 02 16 e 31

Novo Testamento

Livro Quant. Capítulos Capítulos
Hebreus 04 7-10

Toda a Bíblia

Livros Quant. Capítulos Antigo Testamento Novo Testamento
05 52 48 04

TABERNÁCULO O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?

Quem olha para um desenho ou maquete do tabernáculo ou se defronta com a descrição bíblica da “Tenda da Congregação”, não vê simplesmente uma tenda com quase 5 metros de altura protegida por uma “cerca” de linho com 50 metros de fundo por 25 de frente.
O tabernáculo precisa ser analisado sob 2 pontos de vista:

1. PASSADO – Visão Histórica
O fortalecimento da nação de Israel

2. PRESENTE – Visão Tipológica
O Cristão
A Igreja
Cristo

O FORTALECIMENTO

Israel havia saído do Egito

AGORA

O Egito precisava sair de Israel

UMA NOVA REALIDADE

NO EGITO ISRAEL TINHA:

– casa de tijolos
– panelas de carne
– melões, pepinos e cebola
– água canalizada
– escravidão
– idolatria
– templos pagãos

NO DESERTO ISRAEL TERIA:

– tenda de pelos de cabra
– codornizes
– maná do céu
– água da rocha
– peregrinação
– monoteísmo
– tabernáculo

TABERNÁCULO A MORADA DE DEUS

“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.” (Ex 25:8)

O Tabernáculo – o tabernáculo foi erigido sob a liderança de Moisés, no deserto. E isso de conformidade com o modelo que lhe foi mostrado em visão, no monte Sinai. O tabernáculo era o lugar permanente da presença de Deus entre seu povo. “E o meu tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”. (Ez 37:27)

O Templo de Salomão – O templo de Salomão estava localizado na eira de Araúna, também chamada Omã (II Cr 3:1). Essa eira ficava no Monte Moriá, o local onde Isaque quase foi sacrificado por Abraão (Gn 22:2). Foi ali que Davi instalou o altar do futuro templo de Jerusalém (II Sm 24:24-25). Interessante notar que a madeira e as pedras foram preparadas de antemão (I Rs 5:18). O comprimento total do interior do templo era de, aproximadamente, trinta metros; a largura total era de, aproximadamente, quinze metros; e o Santo dos Santos ficava num nível superior ao do Lugar Santo.

O Segundo Templo – No segundo ano do reinado de Dario I, os profetas Ageu e Zacarias despertaram Zorobabel para que renovasse as suas atividades reconstrutoras (Ed 5:1). De conformidade com o decreto de Ciro, o templo de Jerusalém deveria ser reconstruído com trinta metros de altura. O templo foi completado no sexto ano do reinado de Dario I, no mês de Adar. Tornou-se conhecido como o Segundo Templo, e continuou servindo até o ano de 20 ªC., mais ou menos. Perdurou mais de cem anos do que o primeiro templo, o templo de Salomão.

O Templo de Herodes – O trabalho de reconstrução do santuário (o Lugar Santo e o Santo dos Santos), foi iniciado no décimo oitavo ano do reinado de Herodes (20-19 ªC.). As pedras usadas eram as pedras calcárias brancas, nativas da região, cortadas com precisão e polidas. A estrutura antiga foi removida até à rocha, deixando-a nua, e foram lançados novos alicerces. O Lugar Santo tinha vinte metros de comprimento por dez metros de largura, e trinta metros de altura. No seu interior havia um candeeiro de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso. O Santo dos Santos estava separado do Lugar Santo por um véu, e sua dimensões eram de dez metros em quadrado, por trinta metros de altura.

CONSTRUINDO O TABERNÁCULO

DEUS – ação divina
– Visão e Autoridade
– Chamada e capacitação
– Disposição e Habilidade
– Posses e Liberalidade
– Abnegação e Fidelidade

INSTRUMENTO
– Moisés
– Bezaliel e Aoliabe
– Artífices
– Príncipes
– Filhos de Israel

AÇÃO HUMANA
– Motivou todo o povo
– Compartilharam seus talentos
– Cumpriram seu lavor
– Deram o Exemplo
– Construíram generosamente

TABERNÁCULO – CENTRO DE ATIVIDADES DOS ISRAELITAS
Nm 2:2-8 e Ap 4:5-9

O tabernáculo seria o centro de todas as atividades dos israelitas. As tribos ficariam acampadas ao redor dele assim distribuídas:
O tabernáculo seria o centro de todas as atividades dos israelitas. As tribos ficariam acampadas ao redor dele assim distribuídas:

1º Exército: Estandarte era representado pela figura de um Leão
Tribo Homens
Judá 74.600
Issacar 54.400
Zebulom 57.400
TOTAL 186.400

2º Exército: Estandarte era representado pela figura de um Homem
Tribo Homens
Rubem 46.500
Simeão 59.300
Gade 45.650
TOTAL 151.450

3º Exército: Estandarte era representado pela figura de um Boi
Tribo Homens
Efraim 40.500
Manassés 32.200
Benjamim 35.400
TOTAL 108.100

4º Exército: Estandarte era representado pela figura de um Boi
Tribo Homens
Dã 62.700
Aser 41.500
Naftali 53.400
TOTAL 157.600
Total Geral das Tribos: 603.550

A PLANTA DO TABERNÁCULO

O tabernáculo tinha um comprimento de 100 côvados por 50 côvados de largura.
ÁTRIO:
Altar de Bronze
Pia de Bronze

LUGAR SANTO:
Altar de Incenso
Mesa dos Pães
Candelabro

SANTOS DOS SANTOS:
Arca (Vara de Arão, Tábuas da Lei, Maná)
Propiciatório

VISÃO TIPOLÓGICA

Quem olha para o tabernáculo vê:
– Cristo
– A Igreja
– O Cristão

A TIPOLOGIA DO TABERNÁCULO

“…Figura e Sombra… das coisas celestes” (Hb 8.5).

ANTIGA ALIANÇA

– Altar de Bronze
– Pia de Bronze
– Candelabro
– Mesa dos Paes
– Altar do Incenso
– Propiciatório (arca)

NOVA ALIANÇA

Cruz de Cristo – o centro de toda a obra redentora. “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. (I Co 2:2)

COMPREENDENDO A TIPOLOGIA

TIPOLOGIA – é a parte da teologia que estuda as conexões históricas entre determinados fatos, pessoas ou objetos do Antigo Testamento e sua aplicação profética no Novo Testamento.
O Tipo é a pré-figuração do verdadeiro, que é chamado anti-tipo. Em outras palavras, o tipo é uma sombra que antecede o real (o antítipo). Para isto o tipo estará sempre figurando no Antigo Testamento e o antítipo estará sendo confirmado no Novo Testamento. Exemplo:
José é tipo de Cristo, e Cristo é antítipo de José.

ANTIGO TESTAMENTO

JOSÉ

– rejeitado pelos irmãos – Gn 37:4
– deixou a casa do pai – Gn 37:28
– foi vendido – Gn 37:27-28
– foi tentado – Gn 39:7-12
– esteve preso – Gn 39:20
– exerceu o governo – Gn 41:39-44
– salvou o povo – Gn 41:57

NOVO TESTAMENTO
JESUS
(Antítipo – Hb 9:24)

– rejeitado pelos irmãos – Jo 1:11
– deixou a casa do Pai – Jo 17:3, 5
– foi vendido – Mt 27:9
– foi tentado – Mt 4:1-11
– esteve preso – Mt 26:47-56
– exerceu o governo – Is 9:6
– salvou o povo – Mt 1:21

AS CORES DO TABERNÁCULO

PÚRPURA – Fala da realeza de Cristo
Mateus – evangelho do Rei

CARMESIN – fala do sacrifício de Cristo
Marcos – o evangelho do Servo

BRANCO – fala da humanidade de Cristo
Lucas – evangelho do Filho do Homem

AZUL – fala da divindade de Cristo
João – evangelho do Filho de Deus

MATERIAIS DO TABERNÁCULO

OURO
Quantidade: 1.270 kg (U$ 875.000,00)
Representa: O divino que se fez menor do que os anjos – Hb 2:9-11
Propósito: Para nossa santificação

PRATA
Quantidade: 4.360 kg (U$ 198.605,00)
Representa: O Senhor que se fez servo – Fp 2:7
Propósito: Para a nossa redenção

BRONZE
Quantidade: 3.050 kg (U$ 693,00)
Representa: O justo que se fez pecado – II Co 5:21
Propósito: Para nossa justificação

MADEIRA (ACÁCIA)
Quantidade: 308,00 m³
Representa: O verbo que se fez carne – Jo 1:1-2
Propósito: Para nossa salvação

A MADEIRA DO TABERNÁCULO

Na Septuaginta a palavra sitim significa madeira de acácia que quer dizer literalmente, incorruptível.

AS PORTAS DO TABERNÁCULO

“Eu sou o caminho e a verdade e a vida” – (Jo 14:6)

1. ÁTRIO
“Vinde a mim”
Chamada Salvação
(Caminho)

2. LUGAR SANTO
“Vinde após mim”
Chamada para a vocação
(Verdade)

3. SANTO DOS SANTOS
“Permanecei em mim”
Chamada para a comunhão
(Vida)

AS COBERTAS DO TABERNÁCULO

1. PELES DE ANIMAIS MARINHOS – A encarnação de Cristo
“A si mesmo se esvaziou” Fp 2:7

2. PELES DE CARNEIRO – O sacrifício de Cristo
“A si mesmo se entregou” Gl 2:20 (“Obediente até a morte”)

3. PELOS DE CABRA – A humilhação de Cristo
“A si mesmo se humilhou” Fp 2:8

4. LINHO FINO – a glorificação de Cristo
“Pelo que Deus o exaltou” Fp 2:9

OS MÓVEIS DO TABERNÁCULO

1. ALTAR DE BRONZE – Cristo “o Cordeiro de Deus” (Jo 1:29)
2. PIA DE BRONZE – Cristo “o Purificador da Igreja” (Ef 5:26-27)
3. ALTAR DE OURO – Cristo “o Intercessor dos Salvos (Rm 8:34)
4. O CANDELABRO – Cristo “a Luz do Mundo (Jo 8:12)
5. A MESA DOS PÃES – Cristo “o Pão da Vida” (Jo 6:35)
6. A ARCA E O PROPICIATÓRIO – Cristo “a Esperança da Glória” (Cl 1:27)

OFERTAS DE CHEIRO SUAVE

1. HOLOCAUSTO
– Ato voluntário de adoração
– Expiação pelos pecados involuntários

2. OBLAÇÃO
– Ato de adoração pela bondade e provisões de Deus

3. OFERTAS PACÍFICAS
– Ato voluntário de ações de graças e comunhão

OFERTAS PELO PECADO

1. EXPIAÇÃO PELO PECADO
– Para expiação de pecado específico e involuntário

2. EXPIAÇÃO PELA CULPA
– Para expiação de pecados involuntários que requerem restituição

Pr. Peniel Pacheco
Brasília – DF

A harmonia entre os evangelhos

A harmonia entre os evangelhos

A agonia de Jesus Mt 26:36-46; Mc 14:32-42; Lc 22:40-46;
A autoridade de Jesus contestada Mt 21:23-27; Mc 11:27-33; Lc 20:1-8;
A chamada de Pedro Mt 4:18-22; Mc 1:16-20; Lc 5:1-10;
A crucificação de Jesus Mt 27:31-56; Mc 15:20-41; Lc 23:26-49; Jo 19:16-37;
A cura de um paralítico Mt 9:2-8; Mc 2:1-12; Lc 5:17-26;
A mãe e os irmãos de Jesus o procuram Mt 12:46-50; Mc 3:31-35; Lc 8:19-21;
A parábola do semeador Mt 13:1-33; Mc 4:1-34; Lc 8:4-18;
A parábola dos lavradores maus Mt 21:33-46; Mc 12:1-12; Lc 20:9-19;
A preparação para a páscoa Mt 26:1-5; Mc 14:1-2; Lc 21:1-2;
A prisão de Jesus Mt 26:47-56; Mc 14:43-52; Lc 22:47-53; Jo 18:3-11;
A ressurreição de Jesus Mt 28:1-8; Mc 16:1-14; Lc 24:1-49; Jo 20:1-23;
A sepultura de Jesus Mt 27:57-61; Mc 15:42-47; Lc 23:50-56; Jo 19:38-42;
A tentação de Jesus Mt 4:1-11; Mc 1:12-15; Lc 4:1-13;
A transfiguração de Jesus Mt 17:1-13; Mc 9:2-13; Lc 9:28-36;
Acerca da blasfêmia contra o Espírito Santo Mt 12:24-29; Mc 3:22-30; Lc 11:14-26;
Acerca do pagamento de impostos; Jesus deixa admirados os saduceus e assombrados os escribas Mt 22:15-46; Mc 12:13-37; Lc 20:20-44;
Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém; expu1são dos mercadores Mt 21:1-16; Mc 11:1-11; Lc 19:28-38; Jo 12:12-19;
Jesus adverte os discípulos que eles o abandonarão Mt 26:31-35; Mc 14:27-31; Lc 22:22-39; Jo 13:1-2;
Jesus anda sobre a mar Mt 14:22-36; Mc 6:45-56; Jo 6:14-21;
Jesus aparece a Maria Madalena – e depois aos outros Mt 28:9-15; Mc 16:10-14; Lc 24:13-48; Jo 20:11-20;
Jesus chama a Mateus e come com ele Mt 9:9-17; Mc 2:15-22; Lc 5:17-39;
Jesus cura a muitos Mt 12:9-16; Mc 3:1-12; Lc 6:6-11;
Jesus em Cafarnaum Mt 8:2-17, 4:13-16; Mc 1:21-45; Lc 4:31-44;
Jesus ensina a humildade Mt 18:1-9; Mc 9:33-50; Lc 9:46-50;
Jesus escolhe e ordena seus a apóstolos Mt 4:18-25; Mc 1:16-20; Lc 5:10-11;
Jesus institui a santa ceia Mt 26:20-30; Mc 14:17-26; Lc 22:14-23;
Jesus instrui e envia os apóstolos Mt 10, 11:1; Mc 6:7-13; Lc 9:1-6;
Jesus liberta um jovem endemoninhado Mt 17:14-23; Mc 9:14-32; Lc 9:37-45;
Jesus perante o Sinédrio, Pilatos e Herodes Mt 27:1-14; Mc 15:1-5; Lc 23:1; Jo 18:28-38;
Jesus prediz seus sofrimentos Mt 20:17-19; Mc 10:32-34; Lc 18:31-34;
Jesus prega na Galileia Mt 4:17; Mc 1:14-15; Lc 4:14-15;
Jesus ressuscita a filha de Jairo Mt 9:18-26; Mc 5:21-31; Lc 8:41-56;
Libertação de endemoninhados Mt 8:28-34; Mc 5:1-20; Lc 8:26-38;
Maria unge a Jesus Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Jo 12:1-8;
O batismo de Jesus Mt 3:13:17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-22;
O encarceramento de João Mt 14:3-5; Mc 6:17-20; Lc 3:19-20;
O ministério de João Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18; Jo 1:6-8;
O processo contra Jesus Mt 26:57-68; Mc 14:53-65; Jo 18:12-24;
Os discípulos apanham espigas Mt 12:1-8; Mc 2:23-28; Lc 6:1-5;
Os discípulos na tempestade Mt 8:23-27; Mc 4:36-41; Lc 8:22-25;
Os pequeninos levados a Jesus Mt 19:13-30; Mc 10:13-31; Lc 18:15-30;
Pedro confessa a Jesus Mt 16:13-28; Mc 8:27-38; Lc 9:18-27;
Pedro nega a Jesus Mt 26:69-75; Mc 14:66-72; Lc 22:55-62; Jo 18:17-27;
Pilatos condena a Jesus Mt 27:15-23; Mc 15:6-19; Lc 23:13-25; Jo 18:39-40;
Previsão do fim de Jerusalém e da Judeia Mt 24; 25; Mc 13:1-57; Lc 21:5-36;
Um cego curado; Zaqueu convertido; a parábola das minas Mt 20:29; Mc 10:46; Lc 18:35-45;
Um surdo e gago curado Mt 17:14-21; Mc 9:14-29; Lc 9:37-43;

Separados! Somos separados?

Separados! somos separados?

Deus, o Criador, se apresenta como o Deus que separa. O Deus que faz separação. Faz separação “entre a luz e as trevas”, “entre águas e águas”, “entre o dia e a noite”. E Deus cria também sinais de separação. Em Gênesis 1:14-18, podemos entender que antes mesmo da criação do sol, já havia luz, e o sol foi criado para fazer “…separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais… Deus fez os dois grandes luzeiros… para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas.”
Será que podemos ligar toda esta apresentação bíblica, considerada simbólica ou não, há realidade cristã que deve ser vivenciada? É claro que sim. Há um evidente atuar de Deus em toda história humana nos mostrando que Ele faz a separação. Talvez fosse melhor dizermos que Ele é esta separação. Ele é o diferencial. Nós é que teimamos em fazer mistura. Mas nosso Deus não é eclético.
Recordo-me que um dia Deus ouviu o clamor do seu povo sofrendo no Egito. Ele usou Moisés para liderar a libertação por meio de sinais e pragas. Quando Moisés perguntou a Deus o que ele deveria responder aos Israelitas quando perguntassem quem o enviou, o Senhor mandou que ele respondesse: “EU SOU me enviou a vós outros” (Êx. 3:14). Ele provaria àquela grande nação e ao seu próprio povo que Ele é a diferença.
Com a instituição da páscoa e a 10a. praga, de forma muito clara, Deus também prova que Ele faz separação entre os que são e os que não são dEle. Deus institui a páscoa e ordena que todas as famílias israelitas imolem um cordeiro e que tomem do seu sangue e marquem as portas de suas casas. Desta forma, a décima praga não atingiria aquela casa e Deus diz em Êxodo 11:7: “para que saibais que o Senhor fez distinção entre os egípcios e os israelitas”. Deste acontecimento narrado na Bíblia, podemos tirar várias lições e queremos citar algumas delas:

Não existe separação parcial.

Deus manda que as duas ombreiras e a verga da porta sejam marcadas com o sangue. Ou seja, se seu corpo é o templo do Espírito Santo de Deus, não pode estar só com a verga ou os umbrais marcados. Porta representa a entrada, porque sua definição essencial é abertura para passagem ou acesso. Não existe porta meio fechada. Porta encostada é porta aberta. Basta um leve vento para ela expor seus proprietários. Da mesma forma não existe porta meio marcada. Se você não marcar devidamente a sua porta quem passar e vê-la, imaginará que você desistiu de marcá-la.
Mas qual porta deve ser marcada com o sangue? Será que podemos marcar a porta de serviço? Aquela que dá para o quintal? Aquela que só os íntimos da família conhecem? Acho que não.

Deve existir o sinal da separação.

Naquela noite o anjo do Senhor passou e olhou para as portas das casas. Aquelas que estavam marcadas ele não entrou para ferir aos primogênitos. Marcar-se somente a porta do fundo é não querer que Deus e os passantes percebam o sinal do sangue.
Ora, não era necessário entrar na casa para saber-se se aquela família era separada ou não. Em Êxodo 12:13, Deus diz: “O sangue vos será por SINAL nas casas em que estiverdes…”. Precisamos parar e nos perguntar: – “minha vida tem SINAL de sangue?” Sangue que me redime e me faz diferente – separada por Deus? Será que Deus olha para minha casa e vê a Sua marca em mim? E se eu não marcar minha porta? A Bíblia diz que ainda o sol não havia nascido e “…fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto.” Misericórdia! É isso que acontece com as vidas que não são marcadas pelo sangue. Há choro, há desespero, há morte. Morte espiritual, morte dos sonhos, morte do prazer de viver, morte da comunhão com Deus.

Não podemos ser hoje separados e amanhã voltarmos à “mistura”.

Moisés recomendou ao povo que durante aquela noite ninguém saísse de sua casa até que o dia amanhecesse. Não existe oscilação na separação para Deus. Não podemos abandonar o sinal do sangue em nossas vidas e depois retomá-lo. Não podemos marcar e desmarcar nossas portas. “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontra os caminhos aplanados…” (Salmos 84-5). Não podemos levar nossas vidas com Deus entre altos e baixos. Certamente teremos muitas aflições, Jesus mesmo nos advertiu, mas Ele nos disse para termos bom ânimo. Passemos pelas montanhas e pelos vales, mas sem perder o ritmo em nossa corrida. Teremos que passar por vales por isso lembre-se que a descida é muito confortável, mas subir é um grande esforço. Se há muito descanso em nosso caminho, significa que há pouco preparo. Uma vez estando no vale será que conseguiremos subir de novo? Vou dar a seguinte dica: se estiveres sentindo que vai descer a um vale, corra, corra muito mesmo a carreira que te está proposta. Se embale para poder subir o mais rápido possível para o cume e assim abreviará o tempo que tiver de ficar no vale.

As marcas que deixamos dizem quem somos.

No dia seguinte à saída dos israelitas as portas ainda estavam marcadas com o sangue ainda estavam lá. Agora passam a ser sinal, para toda a nação egípcia, que a lembrará que ali morou o povo do Deus Vivo, do Deus Todo-poderoso. Que tipo de sinal temos deixado por onde temos passado? Nossos sinais dizem que somos filhos de Deus? Ou será que corremos o risco de ouvir alguém dizer: “Nossa, você não parece nem um pouquinho com o seu pai!”.
Jesus passou entre nós pouco mais de 30 anos, mas foi tempo suficiente para deixar marcas, da mesma forma que o povo de Deus deixou no Egito. Existem pegadas, existe sangue marcando o chão, existem sinais marcando as mãos e os pés de Jesus. Marcas de separação. Sinais de quem é Santo, sinais de quem é separado.
É bom notar que a Bíblia começa com separação entre luz e trevas, entre dia e noite. Santificação quer dizer separação. Santificação é um processo que deixa marcas. Marcas na vida de quem se santifica. E o santificado deixa marcas por onde passa.
Deus mesmo quando nos separa se encarrega de nos marcar. O processo de “sinalização” de que somos de Deus, dói mas não machuca, transforma mas não destrói. E nesta caminhada com Cristo, o Espírito Santo nos incomoda com uma coisinha aqui, outra ali, uma “coisona” aqui, outra ali. E assim somos modificados, marcados, separados, transformados, sinalizados todos os dias.

Para sermos separados temos que sacrificar.

No Egito cada casa israelita sacrificou um cordeiro para marcar a porta. Há um sacrifício, há um derramamento de sangue. De início nos parece terrível ter que sacrificar alguma coisa. Sacrifício é um processo extremamente doloroso. Mas, depois do sacrifício somos separados, marcados para Deus. Passamos a perceber que não podemos fazer mais nada além de agradecer ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos tirou das trevas para o reino de sua maravilhosa luz. A alegria da santificação e da comunhão com Deus apaga as lembranças do nosso sacrifício. Até porque apenas o maior de todos os sacrifícios, e apenas ele, era realmente capaz de nos unir a Deus, e este sacrifício já foi feito por Jesus. Deus mandou seu único filho para se fazer nosso cordeiro pascoal, e com seu sangue marcar nossas vidas para sempre. Jesus “…subistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz” (Filip.2:6-8).
Que as marcas que levamos em nossas vidas e aquelas que deixamos por onde passamos sejam sinais de que somos realmente diferentes. Povo separado, povo amado do Senhor. Só assim nossas vidas louvarão e glorificarão o nome que está acima de todo nome, o nome de Jesus Cristo, autor e consumador de nossa fé.
Que sejam sinais do sangue vertido na cruz, sangue que nos tirou da escravidão do pecado e nos trouxe para a liberdade em Cristo Jesus. Desta forma, muitos podem vir a seguir os sinais deixados por nós e cheguem ao pleno conhecimento da verdade que está em Jesus. Termino lembrando que a palavra santo quer dizer separado. E lembro também, que sem santificação ninguém verá ao Senhor. Releia este texto se possível for, tendo em mente estas duas últimas considerações. E, por fim, “examine o homem a si mesmo” I Cor 11-28. Que Deus nos abençoe.

Fabiane Rocha Bello

Santo Deus – História por trás de uma canção

Santo Deus – História por trás de uma canção
Guto Bello
“Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem. Este é o destino dos que confiam em si mesmos; o fim dos que se satisfazem com as suas próprias palavras” (Sl 49:12-13).
Há um erro que muitos ministros, pastores, líderes de louvor, músicos e cantores cometem, no início da caminhada ministerial: confiar demasiadamente em si mesmos. Eu também cometi este erro. Acreditei muito na minha força, na minha inteligência. Em vez de colocar meu foco em Deus, coloquei-o em mim mesmo. Até que cheguei ao ponto em que não podia mais suportar. O ministério parecia ser um peso sobre mim. A minha força se esgotou. Já não conseguia boas soluções para os problemas que enfrentava. Para que eu não perecesse, precisava mudar o meu comportamento. Então, eu me prostrei diante de Deus e busquei Sua direção para minha vida e ministério. Assim nasceu a música Santo Deus.
“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6:5).
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Ec 9:10a).
Com todo nosso ser, com toda intensidade, devemos amar ao Senhor. Na Sua obra, devemos nos empenhar. Mas jamais podemos nos esquecer de que Ele mesmo é a fonte de toda a nossa força. Quanto mais o buscamos mais podemos fazer.
“Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente” (Sl 105:4).
“Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Is 40:31).
Naquela crise ministerial, pude contemplar a santidade de Deus e reconhecer que, sem Ele, sou nada. Aprendi que, ao contemplar a santidade do Pai, todo o meu ser, minhas forças, minha mente se renovam.
“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra” (Sl 46:10).
Com minhas próprias idéias e argumentos, eu queria convencer as pessoas a fazerem isto ou aquilo. Porém, percebi que o máximo da minha competência não fazia de mim um líder, um exemplo que as pessoas quisessem seguir. Aprendi a me aquietar (Sl 46:10), esperar no Senhor e simplesmente buscar ser como Ele, ser santo.
“Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos” (Sl 19:12).
Quando o nosso caráter é confrontado com o caráter de Deus, verificamos o quanto somos imperfeitos e o quanto necessitamos de uma purificação milagrosa, algo que limpe o nosso mais íntimo, nosso inconsciente. Quando dormimos, os nossos sonhos revelam muito do nosso interior, coisas de que não temos consciência, mas que estão presentes em nosso ser. Por um outro lado, Deus sempre falou aos homens por meio de sonhos. A Bíblia tem muitos exemplos. Devemos clamar a Deus para que nos purifique completamente, e assim, até em nossos sonhos, O adoraremos, falaremos com Ele e ouviremos Sua voz.
“Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir” (Ap. 4:8).
Quando se fala em santidade, muitos imaginam a perfeição. Porém, santidade é um processo que nos leva à perfeição, não por nossos próprios méritos e, sim, pela misericórdia de Deus. (Ef. 1:3-4) Nós, os santos, lutamos contra o pecado, clamamos pela purificação de todo o nosso interior, não queremos que nada nos atrapalhe naquilo que é o nosso maior prazer: adorar a Deus. Nos momentos mais difíceis da nossa vida, quando tudo parece pesar sobre nós, quando as nossas ações não surtem efeito, o que mais precisamos é contemplar a santidade de Deus, confiar na Sua força e no Seu agir. O refrão desta música é mais uma versão do canto que será entoado eternamente.
Santo Deus
Guto Bello
Santo, santo, santo
Digno de honra, glória e louvor
Santo, santo, santo
Que era, é e há de vir

Quando a força se esgota
E a vida pesa sobre mim
Fito os meus olhos em ti
Contemplar tua santidade
Renova o meu ser

O meu agir é nada
Ante o teu poder
Aquieto-me pois sei que tu és Deus
Importa ser tua imagem e semelhança
Ser santo

Meu inconsciente purificas
Senhor, eu quero te adorar
E contemplar tua santidade noite e dia

Santo, santo, santo Deus…

A mulher samaritana, Coca-Cola e Jesus

A mulher samaritana, Coca-Cola e Jesus.

Ricardo Gondim Rodrigues

Às vezes, a gente ouve certas coisas que não aceita, mas não sabe bem o porquê. Só depois de algum tempo entende. Não foi por mera antipatia que aquela mensagem não desceu bem. Recordo-me quando ouvi pela primeira vez o paralelo entre Jesus e a Coca-Cola. O pregador, inflamado de zelo e paixão missionária, afirmava que numa viagem ao interior do Haiti, sob uma temperatura de mais de 40 graus, sentiu-se aliviado quando parou num quiosque miserável feito de palha de coqueiros e pôde comprar uma garrafa do mais famoso refrigerante do mundo. Devidamente refeito depois de beber sua Coca geladinha, perguntou ao dono da venda se já ouvira falar de Jesus. Ele não sabia de quem se tratava. E o nosso palestrante fez sua analogia, tentando dar um choque na complacência da igreja ocidental: “A Coca-Cola conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e a igreja cristã ainda não cumpriu a ordem da Grande Comissão em mais de 20 séculos!”. Depois daquela primeira exortação, já devo ter escutado essa mesma comparação uma dúzia de vezes em diversas conferências missionárias. Verdade ou tolice? Pior.
Estou certo que essas ilustrações não são meros simplismos, nascem de grandes erros teológicos (ou ideológicos?). Coca-Cola é uma bebida inventada na Geórgia, Estados Unidos, com uma fórmula secreta. Sabe-se que sua receita original continha alguns ingredientes também encontrados na cocaína, daí o seu nome.
Seus fabricantes nunca intencionaram outro propósito senão matar a sede das pessoas. A The Coca-Cola Company não convoca ninguém a rever valores do caráter, não confronta estruturas de morte, não se propõe a aliviar culpa, não revela a eternidade e nem Deus. Para chegar aos quiosques mais remotos do globo, bastou criar um produto doce e gaseificado. Investir bilhões em boas estratégias de propaganda, construir fábricas e desenvolver uma boa rede de distribuição para que o produto chegasse com a mesma qualidade nos pontos de venda. Tentar comparar a missão da igreja no anúncio do Reino de Deus às estratégias de mercado de um refrigerante, beira o absurdo. Confunde-se um bem material com uma pessoa e enxerga-se na mensagem um produto. Os missiólogos sucumbiram à lógica do mercado do novo milênio? Acreditam mesmo que cumpriremos nossa missão com os instrumentais corporativos? Tudo pode se tornar um produto? No Brasil, o esforça-se muito para “vender” o Evangelho.
Quase não se usa a mídia para proclamar os conteúdos do Evangelho.
Alardeiam-se os benefícios da fé. Basta observar a enormidade de tempo gasto divulgando os horários dos cultos, a eficácia da oração, mostrando que aquela igreja é melhor e que a sua mensagem é a mais forte para resolver todos os problemas das pessoas. Aborda-se o Evangelho como um produto eficaz e adota-se uma mentalidade empresarial no seu anúncio. Prometem-se enormes possibilidades. Tratam as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo. As igrejas se transformam em balcões de serviços religiosos ou supermercados da fé. A tendência de oferecer cultos diferenciados e as intermináveis campanhas de milagres demonstram bem esse espírito. Como um supermercado com as gôndolas recheadas de produtos, as igrejas procuram incrementar os “serviços” ao gosto dos fregueses. Os pastores dividem os dias da semana com programações atrativas; gastam suas energias desenvolvendo estratégias que atraiam o maior número de pessoas. Sonham com auditórios lotados. Campanhas, correntes e demonstrações grotescas de exorcismos e milagres financeiros se sucedem. As pessoas, por sua vez, se achegam, seduzidos pelas promoções das prateleiras eclesiásticas. Esse modelo induz as pessoas a adorarem a Deus por aquilo que ele dá e não por quem é. Não se anuncia o senhorio de Cristo, apenas os benefícios da fé. Os crentes acabam tratando a Bíblia como um amuleto e, supersticiosos, continuam presos ao medo.
Vive-se uma religião de consumo. Mas existe outra dimensão ainda mais sutil.
Naomi Klein, jornalista canadense, publicou recentemente “Sem Logo” (Editora Record) para denunciar a tirania das marcas em um planeta obcecado pelo consumo. Ela defende a tese de que a grandes corporações do mercado global não vendem apenas os seus produtos, mas a marca. Procuram criar uma filosofia de vida embutida em seus produtos. Desejam induzir seus consumidores a acreditarem que podem viver um determinado estilo de vida, desde que comprem aquela marca específica. Assim os fumantes de Marlboro imaginam personificar o “cowboy” solitário, mesmo morando em um apartamento. Quando atletas amadores vestem as roupas ou calçam os tênis da Nike, acham que se transformam em campeões. Gente que vive presa no trânsito apinhado das grandes metrópoles, ao dirigir jipes com tração nas quatro rodas, sente-se desbravando sertões.
Klein declara: ‘Marcas, não produtos!’ tornou-se o grito de guerra de um renascimento do marketing liderado por uma nova estirpe de empresas que serviam como ‘agentes de significado’ em vez de fabricantes de produtos.
Segundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro artigo. A marca e a sua venda adquirem um componente adicional que só pode ser descrito como espiritual”. Infelizmente percebe-se o mesmo em determinados círculos cristãos. Querem fazer do Evangelho uma grife. Como? Primeiro transforma-se um seleto grupo de evangelistas, cantores e pastores em superestrelas ao estilo de Hollywood. Depois associam seu nome a grandes eventos e dão-lhes o holofote. Ensinam-lhes habilidades espirituais acima da média. Assim produzem-se ícones semelhantes aos do mundo do entretenimento. Eles aglutinam multidões, vendem qualquer coisa e criam novas modas. A indústria fonográfica enriquece, os congressos se enchem, e os novos astros do mundo “gospel” alavancam suas igrejas. Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada, seria um tesouro sem preço. “Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui”. Jesus corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: filhos e filhas adorando ao Criador em espírito em verdade. Infelizmente muitos evangélicos brasileiros propagandeiam água mágica. Pretensamente matando a sede de qualquer um no estalar dos dedos. O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas neo-pentecostais: “As concessões mágicas feitas pelas igrejas pentecostais às massas desafortunadas, por certo, não constituem tão-somente meras concessões… observa-se que a oferta pentecostal de serviços mágicos segue cada vez mais uma dinâmica empresarial, ditada pela férrea lógica do mercado religioso, que pressiona os diferentes concorrentes religiosos a acirrarem seu ativismo e a tornarem mais eficazes suas ações e estratégias evangelísticas”. Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitir a mensagem da cruz.
Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).
Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos. Que Deus tenha piedade de nós.

Soli Deo Gloria

Páscoa

Pessach!!! (Este texto será revisado oportunamente)

I. PÁSCOA (Lv. 23:5)

1. O que é a Páscoa:

Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima: “…é a páscoa do Senhor” (Ex.12:11), “Porque o Senhor passará para ferir os egípcios…” (Ex.12:23), “É o sacrifício da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel…” (Ex.12:27).
O desenho ao lado mostra um hebreu aspergindo o sangue de um cordeiro sobre as ombreiras (batentes ou colunas verticais) e nas vergas da porta (Êxodo 12:7). Observe que o sangue aspergido nas colunas e nas vergas, nos sentidos horizontal e vertical, apontam para a cruz de Cristo.
2. O Dia da Páscoa:
A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de abibe (Lv.23:15; Ex.13:4), que significa espigas verdes. Durante o exílio foi substituído pelo nome nisã (Ne.2:1) que significa começo ou abertura. Corresponde a março-abril em nosso calendário. A páscoa foi instituída numa sexta-feira, ou seja, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias (Lv.23:12).
Para o povo judeu havia o ano sagrado e o ano civil. O sagrado começava na primavera. O civil começava no outono. O 7° mês sagrado era o 1° mês civil. Dividia-se o ano em 12 meses lunares, com um 13° mês 7 vezes em cada 19 anos.
Calendário Lunar Judaico e seus meses correspondentes no Calendário Solar ou Juliano
Lunar Judaico…………………………….Solar Juliano
Nisã ou Abibe……………………………….março-abril
Iyyar ou Zive………………………………….abril-maio
Sivã……………………………………………maio-junho
Tammuz……………………………………..junho-julho
Abe………………………………………….julho-agosto
Elul…………………………………….agosto-setembro Lunar Judaico……………………………Solar Juliano
Etanim ou Tishri………………….setembro-outubro
Marquesvã ou Bul………………outubro-novembro
Quisleu………………………….novembro-dezembro
Tebethe…………………………….dezembro-janeiro
Shebate………………………………janeiro-fevereiro
Adar……………………………………fevereiro-março
3. A Hora da Páscoa:
O dia civil judaico (período de 24 horas) se inicia às 18:00 horas e termina às 18:00 horas sub-seqüente. A noite vem primeiro que o dia, pois na criação do mundo o primeiro dia começou com a escuridão que foi transformada em luz: “Chamou Deus à luz dia, e às trevas noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gn.1:5). Daí em diante cada período de 24 horas foi indicado sucessivamente como “tarde e manhã” (Gn.1:5,8,13,19,23,31; 2:2).
O dia natural judaico (12 horas), isto é, o intervalo entre a aurora e o crepúsculo (06:00 às 18:00 h.), era dividido em três partes: manhã, meio-dia e tarde (Sl.55:17). Os judeus distinguiam duas tardes no dia: a primeira ia das 15:00 às 18:00 h., e a segunda se iniciava ao pôr do sol (18:00 h.), indo até a escuridão da noite, aproximadamente às 19:00 h. (Mt.14:15 e 23). O sacrifício da páscoa era oferecido “no crepúsculo da tarde” (Lv.23:5; Nm.28:4,8). A passagem faz referência à primeira tarde (15:00 às 18:00 h.). A segunda tarde, que se iniciava às 18:00 horas, e a manhã, que tinha início às 06:00 horas, juntos formavam um dia (Gn.1:5). O gráfico abaixo ilustra o dia judaico:
4. O Local da Páscoa:
Posteriormente Deus requereu que a páscoa só fosse realizada em um local por Ele determinado “Então sacrificarás como oferta de páscoa ao Senhor teu Deus, do rebanho e do gado, no lugar que o Senhor escolher para ali fazer habitar o seu nome. Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu Deus. Senão no lugar que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o Senhor teu Deus escolher…” (Dt.16:2,5-7).
5. Evento correspondente no Novo Testamento: Redenção
(I Co. 5:7; Ef.5:2; I Pe.1:19; II Co.5:21; Gn.4:7)
5.1. O que é a Redenção:
O evento correspondente à páscoa no Novo Testamento é a redenção. Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus do Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados: “…Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt.1:21); “…pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados” (Ap.1:5); “…Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (I Co.5:7). Cristo se fez oferta pelo pecado. Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais evidente no Antigo Testamento, pois “a palavra hebraica hattâ’t usada para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a purificação.”
Desse modo o texto de Gênesis 4:7 fica com mais sentido: “…se, todavia, procederes mal, eis que o (a oferta pelo) pecado jaz à porta… …a ti cumpre dominá-lo (domá-lo)” (Gn.4:7). Esta identificação também pode ser vista no Novo Testamento: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós…” (II Co.5:21). Este era o método usado por Deus, desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser derramado “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação (kafer = cobertura – veja Gn.3:21 e 6:14) pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv.17:11). Por isso “…sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb.9:22). No tempo do Antigo Testamento o sangue dos animais apenas cobriam os pecados. O sangue de Cristo tira o pecado do mundo (Jo.1:29).
5.2. O Dia do Sacrifício de Cristo:
A primeira páscoa foi comemorada numa sexta-feira. Yeshua Cristo também foi crucificado numa sexta-feira (Mt.27:62; Mc.15:42; Lc.23:54; Jo.19:14), às 09h00, isto é na “hora terceira” (Mc.15:25). Das 12h00 às 15h00, isto é, da hora sexta à hora nona, houve trevas sobre a terra (Mt.27:45; Lc.23:44-46). Depois disso Ele rendeu o espírito, no período entre 15h00 e 18h00. Este período compreendido entre a hora nona (15h00) e o pôr do sol (18h00), no qual Yeshua morreu é o mesmo período designado para o sacrifício da páscoa, ou seja, no crepúsculo da tarde, (Lv.23:5; Nm.28:4,8).
5.3. A Hora do Sacrifício de Cristo:
Tudo indica que Yeshua morreu após às 15:00 horas, que é a hora nona (Lc.23:44-46). Porém, naquele tempo as horas não eram indicadas com precisão, como ocorre hoje. Assim sendo, é possível que Yeshua tenha morrido entre 15:00 e 17:00 horas, tendo sido sepultado aproximadamente após as 17:00 horas (Mc.15:42), pois o sábado iria começar às 18:00 horas (Lc.23:54), e a Lei Judaica proibia o trabalho aos sábados e a permanência de um corpo morto na cruz (Dt.21:22,23; Jo.19:31). Assim sendo, a morte de Yeshua foi mais rápida do que se esperava (Mc.15:44). Isto ocorreu por 4 motivos: (1) Yeshua é o Cordeiro Pascal, e como tal deveria morrer no mesmo período do sacrifício da páscoa (Ex.12:6); (2) Suas pernas não poderiam ser quebradas para acelerar a sua morte (Jo.19:32,33; Ex.12:46; Nm.9:12; Sl.34:20); (3) Seu corpo não poderia permanecer no madeiro (Dt.21:22,23) e (4) O próprio Yeshua rendeu o seu espírito (Jo.19:30; Jo.10:18; Jo.2:19).
As duas tabelas seguintes mostram as horas do dia e da noite, conforme a cultura judaica:
As horas do dia

Hora Ocidental Hora Judaica Referência Bíblica
09:00 h. (6 às 9 h.) terceira hora Mt.20:3
12:00 h. (9 às 12 h.) sexta hora Mt.20:5
15:00 h. (12 às 15 h.) nona hora Mt.20:5
18:00 h. (15 às 18 h.) décima segunda hora

As horas da noite

18:00 às 21:00 h. 1ª vigília (noite) Ex.14:24
21:00 às 24:00 h. 2ª vigília (meia noite) Lc.12:38 (Mt.25:6)
24:00 às 03:00 h. 3ª vigília (cantar do galo) Lc.12:38
03:00 às 06:00 h. 4ª vigília (manhã) Mt.14:25
O dia civil judaico é ilustrado na tabela abaixo:
O Dia Judaico (24 horas)

18:00 h. cair da tarde Mt.20:8; Mt.14:23
18:00 h. pôr do sol Gn.28:11; Mc.1:32
A tabela abaixo ilustra outros horários mencionados na Bíblia:
Outras horas judaicas
17:00 hs Úndécima hora Mt. 20:6
Cerca de 22:00 hs 2ª ou vigília média Jz.7:19
06:00 às 09:00 hs raiar do sol, nascente do sol Jz.9:33;; Sl.50:1; Sl. 113:3; Is.45:6
15:00 às 18:00 hs cair da tarde (1ª) Mt.14:15
18:00 às 19:00 hs cair da tarde (2ª) Mt.14:23
15:00 às 18:00 hs crepúsculo da tarde Ex.12:6; Nm.9:3

A páscoa foi realizada na sexta-feira. Três dias depois os judeus deveriam comemorar a festa das primícias (Lv.23:12). Esta festa indicava a ressurreição após três dias. O primeiro molho de trigo que fosse colhido, isto é, as primícias, deveria ser movido perante o Senhor (Lv.23:10,11). Este mover do trigo era símbolo da vida que, ao contrário de um animal morto, inerte e sem movimento, se expressa pelo mover da vida (At.17:25,28). Na ressurreição o corpo de Cristo que estava inerte no túmulo foi movido por Deus e a terra se abalou (Mt.27:51-54; Mt.28:2; Hb.12:26,27). Cristo foi vivificado no espirito (IPe.3:18). Mas a oferta só poderia ser feita após três dias depois da páscoa. Isto tem a ver com a ressurreição que ocorreu somente três dias depois da morte de Cristo.
O esquema a seguir mostra os três dias e três noites mencionados por Yeshua. As palavras de Yeshua “…três dias e três noites” (Mt.12:40), não exige que 72 horas tenham se passado entre sua morte e ressurreição, pois os judeus consideravam parte de um dia como um dia inteiro.
O gráfico seguinte ilustra os três dias e três noites que Yeshua permaneceu na sepultura:

Esta expressão “um dia e uma noite” é idiomática, e era usada pelos judeus para indicar “um dia” (I Sm.30:12,13), mesmo quando somente parte de um dia era indicada. Qualquer parte do período era considerado um período total. O Talmude Babilônico relata que “uma parte do dia é o total dele”
O Talmude de Jerusalém, diz: “Temos um ensino: um dia e uma noite são um onah e a parte de um onah é como o total dele”
Cristo foi crucificado na sexta-feira. Qualquer tempo antes das 18:00 horas de sexta-feira seria considerado um dia e uma noite. Qualquer tempo depois das 18:00 horas de sexta-feira até sábado às 18:00 horas, também seria um dia e uma noite. Semelhantemente, qualquer tempo após às 18:00 horas de sábado até o momento em que Cristo ressuscitou, na manhã de domingo, também seria um dia e uma noite. Do ponto de vista judaico, seriam três dias e três noites de sexta à tarde até domingo de manhã.

5.4. O Local do Sacrifício de Cristo:
O local exato da morte de Cristo não se sabe. As Escrituras mencionam o lugar onde Cristo foi crucificado, que se chamava Calvário (Lc.23:33). Em hebraico (aramaico) o nome é Gólgota (Jo.19:17) que significa Lugar da Caveira (Mt.27:33).
Yeshua Cristo não poderia ser crucificado fora da Judéia, muito embora tenha sido crucificado fora de Jerusalém (Hb.13:11,12; Jo.19:20; Mt.21:39). A Judéia, local do templo de Salomão, era o local onde Deus havia escolhido para habitar (I Rs.9:3). Com isto Deus queria mostrar que só há um Caminho para a salvação. Os sacrifícios da páscoa não podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente naquele lugar onde Deus havia determinado. Os sacrifícios e adoração fora de Jerusalém era considerado pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10; I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20). Muitos cristãos pensam que idolatria é somente culto prestado a deus falso.
Pelo estudo das Escrituras descobrimos que culto falso prestado ao Deus verdadeiro também é idolatria. Se alguém pretende agradar ao Deus verdadeiro por meios estranhos às Sagradas Letras, realiza culto falso e comete o pecado da idolatria. Somente o Sacrifício do Calvário realizado por Cristo, tem valor para Deus. Yeshua é o Caminho (Jo.14:6). Deus não aceita outro sacrifício além do sacrifício de Cristo realizado no Calvário. Desse modo, ordenando que os sacrifícios fossem realizados no templo, Deus estava querendo demonstrar que só há um caminho para a salvação.
Yeshua é descendente de Judá (daí se tira o nome Judeus) (Gn.49:8-12), e por esta mesma razão a tribo de Judá recebeu lugar de honra na ordem dos acampamentos da tribo, diante do tabernáculo (Nm.2:3; Lc.1:78,79; Sl.84:11; Ml.4:2), porque a salvação vem dos judeus (Jo.4:22) e Yeshua é a Porta (Jo.10:9) que dá acesso ao Pai.
O esquema abaixo mostra a localização das doze tribos em volta do tabernáculo. Observe que a tribo de Judá permanecia em frente da porta de entrada para o tabernáculo, no lado leste. Isso indicava que um descendente de Judá haveria de abrir o caminho que dá acesso a Deus (Lc.1:78; Nm.2:3; Sl.84:11; Ml.4:2).

2. ASMOS = MATZOT (Lv. 23:6)
Esta festa era comemorada no dia seguinte à páscoa (Lv.23:6). Os pães não continham fermento porque representavam a pureza de Cristo, o Pão da Vida (Lv.2:11; Dt.16:1-4; Jo.6:48,51; I Co.11:23-26; Mt.16:6). Também expressa a nossa comunhão com Cristo, que começa com a nossa redenção e depois prossegue em uma vida santa (I Co.5:6-8; Gl.5:9). As ofertas de pães asmos não poderia conter sangue, porque o sangue era derramado pelo pecado (Ex.23:18; 34:25) e esta oferta deveria ser apresentada como “aroma agradável ao Senhor” (Lv.23:13).
Os hebreus deveriam celebrar a festa dos pães asmos durante sete dias, durante os quais deveriam comer pão não levedado (Ex.12:15-20).
Evento correspondente no Novo Testamento:
Santificação (I Co.5:8)
Assim como a Festa dos Pães Asmos era celebrada imediatamente após o sacrifício da páscoa, aquele que é redimido pelo sangue de Cristo, deve imediatamente prosseguir em seu caminho em processo de santificação: “…aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (II Co.7:1). Esta oferta não poderia conter sangue do sacrifício porque o sangue era derramado por causa do pecado e “…aquele que sofreu na carne deixou o pecado” (I Pe 4:1) e “…quem morreu, justificado está do pecado… …a morte já não tem domínio sobre Ele” (Rm 6:7,9).
Diversos textos das Sagradas Escrituras demonstram este processo de santificação do cristão, vinculado à sua redenção e originado nela.
Saber distinguir os textos que falam da salvação inicial dos textos que falam da santificação é importante para uma real compreensão das Sagradas Escrituras.
A tabela a seguir mostra paralelamente os textos bíblicos que tratam da redenção e da santificação do crente.
SALVAÇÃO

REDENÇÃO SANTIFICAÇÃO
A posição do crente (permanente) O estado ou condição do crente (progressivo)
…fostes lavados… (I Co.6:11) …lava-me purifica-me… (Sl.51:2)
…lava os teus pecados… (At.22:16) Lavai-vos, purificais-vos… (Is.1:16)
…nos lavou… lavar regenerador… (Tt.3:5) Lava-me… purifica-me… (Sl.51:2,7)
…que nos salvou… (II Tm.1:9) …tornar-te sábio para a salvação… (II Tm.3:15)
…aos santificados em Cristo Yeshua… (I Co.1:2a) …chamados para ser santos… (I Co.1:2b)
…salvação pela santificação do Espírito… (II Ts.2:13) …esta é a vontade de Deus, a vossa santificação… (I Ts.4:3)
…em santificação do Espírito… (I Pe.1:2) …seguí… a santificação… (Hb.12:14)
…os que são santificados… (At.20:32) Santifica-os na verdade… (Jo.17:17)
…fostes santificados… (I Co.6:11) …fruto para a santificação… (Rm.6:22)
…o santo… (Ap.22:11a) …continue a santificar-se… (Ap.22:11b)
…aperfeiçoou para sempre… (Hb.10:14a) …quantos estão sendo santificados… (Hb.10:14b)
…aquele que começou boa obra… (Fp.1:6a) …há de aperfeiçoá-la completamente… (Fp.1:6b)
…estais aperfeiçoados nele… (Cl.2:10) Não que eu… tenha já obtido a perfeição… (Fp.3:12)
…purificando-lhes pela fé os corações… (At.15:9) Cria em mim… um coração puro… (Sl.51;10)
…tendo purificado as nossas almas… (I Pe.1:22) …purifiquemos-nos… santificação… (II Co.7:1)
…e purificar… um povo… zeloso de boas obras (Tt.2:14) …a si mesmo se purifica… para toda boa obra… (II Tm.2:21)
…povo em cujo coração está a minha lei… (Is.51:7) Lava o teu coração da malícia… (Jr.4:14)
…tendo os corações purificados… (Hb.10:22) …no coração as tuas palavras para não pecar…(Sl.119:11)
… puro de coração… (Sl.24:4) Quem pode dizer: purifiquei o meu coração…? (Pv.20:9)
…os limpos de coração… (Mt.5:8) …limpai o coração… (Tg.4:8)
…Deus é bom para com os de coração limpo (Sl.73:1) …a si mesmo se purifica… (I Jo.3:3)
Vós já estais limpos pela palavra… (Jo.15:3) …a palavra… poderosa para salvar… (Tg.1:21)
…o sangue de Cristo… purificará… (Hb.9:14) …nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7)
3. PRIMÍCIAS = HABICURIM (Lv. 23:9)
A palavra primícias no hebraico é habicurim. As Primícias era comemorada 3 dias e 3 noites depois da Páscoa (Lv.23:12), quando as primícias da terra eram ofertadas ao Senhor, e 49 dias antes do Pentecoste. Deus requeria apenas um molho de cevada. A Festa das Primícias é também designada “…festa das segas dos primeiros frutos (Ex.23:16).”
O uso do fermento era proibido na Festa dos Pães Asmos e na Festa da Páscoa, porém poderia ser usado na Festa das Primícias (Lv.23:17,18). O fermento é considerado pelas Escrituras como tipo da presença da impureza e do mal (Ex.12:15,19; 13:7; Lv.2:11; Dt.16:4; Mt.16:6,12; Mc.8:15; Lc.12:1; I Co.5:6-9; Gl 5:9). Portanto os dois pães levedados a serem movidos, representam Israel e os gentios formando a Igreja. O fermento é sinal da imperfeição no meio do povo de Deus (Mt.13:33).
Evento Correspondente no Novo Testamento:
Ressurreição (I Co.15:20; At 26:23; Cl 1:18)
A ressurreição de Yeshua ocorreu no domingo, antes do nascer do sol (Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1) 3 dias e 3 noites após a sua morte (Mt 12:40). Ele não ficou exatamente 72 horas no túmulo, mas parte da sexta-feira (das 15:00 às 18:00 h. = 3 horas), o sábado inteiro (das 18:00 às 18:00 h. = 24 horas) e parte do domingo (das 18:00 às 06:00 h. = 12 horas), portanto cerca de 39 horas. As 33 horas restantes são 21 horas da sexta-feira (das 18:00 às 15:00 h.) e 12 horas do domingo (das 06:00 às 18:00 h.). De qualquer forma a ressurreição ocorreu três dias depois (dias judaicos). “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas três dias depois da sua morte, ressuscitará” (Mc 9:31).
“…Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem” (I Co.15:20). Cristo é “o primogênito de entre os mortos” (Cl.1:18). “…sendo o primeiro da ressurreição dos mortos…” (At.26:23).
A ressurreição de Cristo e, analogicamente, a oferta das primícias, representavam a consagração de toda a colheita a Deus e serviram como um penhor, ou garantia, de que a totalidade da colheita ainda se realizará na ceifa (Rm.8:23; 11:16; I Co.16:15). Portanto, Cristo na qualidade de Primícias da Ressurreição, consagrou a Deus toda a colheita (Hb.2:13).
Baruch atah Adonai Eloheinu Mélech haOlam, asher hitzdkenu al emunah baMashiach,
Baruch Hu.
Bendito és Tu Eterno nosso Deus, Rei do Universo, que nos justificou pela fé no Messias, Bendito seja.

Esboço do plano de salvação

ESBOÇO DO PLANO DE SALVAÇÃO
(Este texto será revisado)

Plano O Problema Do Homem Sem Cristo A Condição A Solução Bíblica Decisão: A Reação Do Homem Resultado
João 1:1-14
– v.10-11 O mundo não conhece Jesus o Criador, a Luz, o Verbo, Deus. – v.5 Está nas trevas. – v. 1 O Verbo, Jesus, se fez carne.
v. 12 Receber, crer no seu nome. – v.12 O receber, crer ou
– v. 5 Ficar nas trevas;
– v.10 não o conhecer;
– v.11 não O receber. Ser feito filho de Deus ou Ficar nas trevas
João 3:15-21 – v.18 Não crer no nome do unigênito Filho.
. v.19-20 Faz o mal. -v. 18 è condenado.

– v 19 Ama mais as trevas que a luz. – v.16 Deus deu seu Filho unigênito. Quem nEle crer, não perece, mas tem a vida eterna.
v.17 Ele veio para salvar o mundo. – v.15 Crer ou ficar nas trevas. – v.16 Ter vida eterna ou perecer e
– v. 19 ser condenado.
Caminho de Romanos 3:10 Não há ninguém justo.
3:23 Todos pecaram. 3:12 Andam afastados de Deus.
3:23 Afastaram-se da glória de Deus.
5:12 O pecado trouxe a morte.
6:23 O salário do pecado é a morte. 5:8 Deus mostra o seu amor;
– Cristo morreu para os pecadores.

6:23 Deus dá a vida eterna, na pessoa de Cristo Jesus. 10:9-13

– v.9 Confessar a Jesus como Senhor. Crer que Deus o ressuscitou.
– v.13 Invocar seu nome. 10.10-11

– é salvo todo que nEle crer.

– Jamais será confundido.
Seguindo a Jesus como Mateus. Lucas 5:27-32 – v.31 Comparação: é doente com o pecado.
– v.32 Pecador – v. 30-31
Murmurando. Fica zangado com os seguidores de Jesus.
– v.31 Doente com o pecado. – v.27 Aceita o convite de Jesus, segue-O.
– v.25 Deixa tudo para seguI-Lo.
– v.32 Jesus chama os pecadores ao arrependimento. – v.27 Segue a Jesus.

– v.32 Arrepender-se. – v.18 Deixa tudo para seguir a Jesus.

– v.32 Se arrepende.
O filho pródigo.
Lucas 15 v. 12 Faz questão de fazer sua própria vontade.
v.18 Pecar contra Deus e os homens. – v.13 Desperdiça as bênçãos recebidas de Deus.
– v. 14 Passa necessidade.
– v. 19 Não merece ser chamado filho de Deus. Deus Pai:
– v. 20 Espera a volta do filho perdido.
– v. 22 Está com pressa de receber o pecador arrependido.
– v.22-23 Alegra-se com a volta do pecador arrependido. – v-17-18 Cair em si, conhecer o seu pecado.
– v.20 Voltar para Deus, ou
– v.28, 31 fazer igual ao filho mais velho e não aceitar o convite de Deus. – Deus recebe o pecador arrependido com muita alegria.
– Ficar junto com Deus , ou ficar fora dos salvos.
A comparação dos dois homens que foram orar. Lucas 18:9-14 O publicano: v.13
– O pecador reconhece que é pecador.
O fariseu: v.9
– O pecador que confia em si mesmo, pensa que é justo. – v.13 Necessidade de misericórdia de Deus.
– v.9 Despreza os outros, se exalta. v. 13-14
– Humilha-se
– confessa que é um pecador
– pede a misericórdia de Deus. Humilha-se confessa que é pecador e pede a misericórdia de Deus, ou confia em si mesmo e crê que é justo. – Será exaltado por Deus;
– Será justificado;
-Será humilhado por Deus.
Esboço da Salvação Necessidade da salvação:
– Rm. 3:23
– Tiago 4:17
– Isaias 53:6
– João 3:18 A posição do pecador:
– Rm. 6:23
– João 8:24
– Heb. 9:27
– Rm. 5:12
– Ezequiel 18;20 As providências de Deus:
– Rm. 5:8
– I Pe. 3:18
– I Co. 15:3-4
– I Pe. 2:24
– João 1:29 Recebendo providências de Deus:
– Rm. 10:9
– João 1:12
– Apoc. 3:20
– João 3:36, 5:24 A certeza da salvação:
– João 5:24
– I Pe 1:3-5
– João 1:12
– I João 5:13

Esboço da evangelização O homem é pecador:
– Rm. 3:10-23
– Exemplos de pecados:
– Mt. 5:21, 22, 27, 28, 43, 45.
– João 7:19; Tg. 4:17 – Todos andam desgarrados: Is. 53:6
– Não pode salvar-se: Tt. 3:5; Ef. 2:9
– seguem o caminho errado: Pv. 14:12; Mt. 7:13 – Jesus pagou por nossos pecados: Is. 53:4, 6, 10
– Ele oferece a vida eterna: Rm. 6:23
– É salvo pela fé: Ef. 2:8 – É salvo pela fé: Ef. 2:8-9; Fé é confiar em Jesus para nossa salvação.
– Crer: At. 16:31; João 3:36.
– Receber: João 1:12. – Viver a vida cristã por gratidão: II Co. 5:14; Ef. 2:10
– Perdão: João 5:21; 3:16
– Salvação: João 3:16, 18, 36; 6:47

Augusto Bello de Souza Filho
Bacharel em Teologia

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