A Casa do Pai

(Autor desconhecido)

Imagine comigo, por favor, uma casa. Uma casa grande, espaçosa, aconchegante, calorosa, protegida, segura, idônea e sólida. Tem muitas janelas, permitindo que um banho de luz ilumine todo canto e um vento refrescante passeie por ela. Esta casa é realmente maravilhosa. (Sl. 27: 4-6 Há uma coisa que realmente desejo do Senhor; o privilégio de viver durante toda a minha vida na sua presença, para descobrir a cada dia um pouco mais da sua perfeição e do seu amor….Ele me esconderá em sua casa….) veja Sl. 36:5-9; Jo. 14:1-6.
E o melhor de tudo é que esta casa tem um Pai perfeito. Ele é tudo o que uma criança iria querer: forte, gentil, compreensível, sensível, cheio de misericórdia, tardio para irar-Se, extremamente paciente, totalmente honesto, verdadeiro, franco, profundamente compassivo e terno. Isso tudo sem mencionar que Ele tem o mais profundo e perfeito amor, nunca pensando em Si mesmo. (Sl. 103:8-13 “…O Senhor sente um amor bondoso e uma compreensão especial por quem O respeita e obedece. Ele é como um pai, que ama e compreende seus filhos”.) Isso quer dizer que Ele ama as crianças não para o Seu próprio ganho mas sim para que as crianças possam conhecer um amor puro e imaculado. Esse amor é …simplesmente por ser. Só porque essa é a natureza do Pai. (1Jo. 3:16 “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos”.) O Seu amor não é condicional. Não depende de como o Pai está se sentindo naquele dia ou mesmo no que a criança fez ou deixou de fazer. O Seu amor é constante, paciente, longânimo, esperançoso, gracioso, mas com tenacidade e força, sem limites. Ele é Bom. (Rm. 5:8 “Mas Deus demonstra seu amor por nós pelo fato de Cristo ter morrido em nosso favor quando ainda éramos pecadores”). Sl. 144:1-2; Mt. 11:29; 1Cr. 28:9; 2Pe. 3:8-9; Jo. 1:14; 2Co. 1:3-4; Hb. 13:8; 1Jo. 4:10.
Mas que casa! Qualquer criança iria ansiar por um lugar como esse e por um Pai tão gentil! Toda criança que vive lá é abundantemente abençoada, tem tudo providenciado e vive no melhor ambiente possível. Pense! Quem não gostaria de viver lá, onde o amor do Pai á tão cheio, tão completo, tão perfeito? E tudo isso não é para o Seu próprio bem, mas só para que as crianças possam ser amadas. (Ef. 3:14-19 “…Para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, estando arraigados e alicerçados em amor, tenham poder, juntamente com todos os santos, para compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus”.) Rm. 8:35-39; 1Co. 13:4-7.
Bem, as crianças que moram lá são tão agradecidas (quanto mais moram lá, mais crescem em gratidão) e estão livres para expressar o seu amor pelo Pai. É claro que ao mesmo tempo continuam sendo crianças, de todas as idades, de recém nascidos a jovens a adultos maduros (porque até os grandes nunca perdem a necessidade do olho vigilante do Pai e do Seu amor e da Sua provisão). (1Jo. 3:1 “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos!” Cl. 3:15-17 “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados como membros de um só corpo, a viver em paz. E sejam agradecidos…”) Sl. 145; Mc. 10:13-16.
Muitas atividades constantemente ocupam esta casa. Lições, brincadeiras, trabalho duro, muitas gargalhadas e alegria; às vezes lágrimas, envolvendo uns com os outros. Os mais velhos ajudam os mais novos, as irmãs e os irmãos brincam, os nenês choram, etc. Mas mesmo com toda essa atividade e barulho, a paz permeia todo o labor desta casa e uma certa unidade paira sobre todos os corações dos habitantes. (At. 2:42-47 “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações…Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração…”) Sl. 133:1; Ef. 4:2-6; Rm. 15:5-6.
Todas as crianças realmente amam o Pai. MUITO. Eles O respeitam e todos O reverenciam como sendo O Cabeça e regente do lar. E porque não iriam? Ele tem dado a eles tudo, muito além do que eles poderiam pedir ou imaginar. (Ef. 3:20-21“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus…”; Rm. 8:32 “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?”) (Eu deveria mencionar aqui que todas as crianças nessa casa amam o Pai, porém a expressão e freqüência desse amor pode variar. Alguns ainda são nenês e, por sua natureza, eles realmente não pensam muito no Pai. Eles só basicamente fazem gracinhas, choram para tomar leite e reclamam porque as fraldas estão molhadas, contudo são especiais também. Então, como um todo, os outros não têm muita dificuldade para amar estes nenês. Eles todos estão crescendo no seu amor para com o Seu Bom Pai mais e mais e pensam em si mesmos menos e menos.) Jo. 3:30; Cl. 1:15-20.
Obviamente, acontecem muitos erros, tropeços e até rixas, desavenças e outras coisas egoístas. Mas a bondade e o forte amor do Pai sempre inunda as crianças para corrigir esses modos e sarar os machucados. (Tg. 3: 17 “Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera”.) Ele demonstra a Sua devoção constante com muita bondade e fortes abraços quando a paz volta a reinar. 1Jo. 2:1,2; Pv. 24:3-4.
O que todas as crianças desta casa têm em comum é que todas elas foram adotadas pelo Pai como filhos e filhas. Ele achou cada uma e pessoalmente as convidou para vir e morar com Ele nesta casa aconchegante e protegida. Quando Ele as achou, elas estavam num lugar desprezível e sem amor. E elas sabiam disto. Pela lógica, ninguém iria querer adotar estas crianças. (1Co. 1:26-28 “Irmãos pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são”.) Mas o Pai não pôde conter-se porque o Seu coração se compadece dos carentes e anseia tratar das feridas daqueles que estão machucados. Ele quer ver a crianças em ruínas restaurada para uma vida decente como também aquelas que estão prosseguindo no caminho de autodestruição. O Seu coração não suporta tais coisas. Ez. 16:4-14; Lu. 4:18-19; Is. 61:1-3; 53:4-6 Ef. 1:3-8.
Então, motivado pela Sua bondade imensa e pelo Seu amor, Ele deixa Sua Casa e estende um pedido imparcial para cada criança que quer vir e morar com Ele. Ele vê que cada criança que Ele encontra está realmente numa situação terrível, mesmo que elas reconheçam isto ou não. (Ef. 2:1-3 “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver…Outrora todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos.) (Em Suas procuras o Pai nota que os órfãos que Ele encontra, que são os mais seguros, contentes e satisfeitos com suas vidas, são em alguns aspectos os casos mais dolorosos. Ele enxerga que suas vidas de conforto, independência e prazeres são como uma barreira impenetrável que os separa dEle. Pelo fato de estarem contentes com suas vidas de órfãos egoístas fora da casa do Pai, o Seu convite a eles é facilmente ignorado, e até zombado. Rapidamente eles O rejeitam, pensando que não têm necessidade de sua oferta. Mas a Verdade é que um dia, mais cedo ou mais tarde, sem Ele, eles estarão numa situação muito difícil). (Lu. 13:22-30 “…Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’. Ele, porém, responderá: ‘Não os conheço, nem sei do onde são vocês’. Então vocês dirão: ‘Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas!’ Mas ele responderá: ‘Não os conheço, nem sei do onde são você. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam a iniquidade!’ Ali haverá choro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaque e Jacó e todos os profetas no Reino de Deus mas vocês excluídos….”) Lu. 14:16-17; At. 10:34-35; Rm. 3:10-12,23; Ap. 3:17-18; Lu 6:24-25; Jo. 3:36 2Ts. 1:6-10; Rm. 2:8.
Quando o Seu caminho cruza com cada um dos órfãos, o Seu tratar não é de forçá-los para dentro do Seu Lar. Ele simplesmente estende a Sua oferta, implora e até persuade um pouco, mas Ele nunca obriga a criança contrária a vontade dela. Ele simplesmente continua no Seu caminhar até que Ele ache alguém que aceite com alegria. Mt. 22:1-14; 2Co. 5:18-21; Ap. 3:20.
Agora, imagine todas essa situação: um Pai que é perfeito, bondoso, generoso, irradiando amor, oferecendo uma moradia esplêndida. (Is. 55:1-3 “Venham, todos vocês que estão sofrendo de sede, venham beber! E vocês que não têm dinheiro, venham comprar de graça vinho e leite! Venham comprar e comer! Por que vocês vivem gastando seu dinheiro, se esforçando à toa para comprar coisas que não matam a fome? Ouçam o que Eu digo, e vocês poderão comer comidas deliciosas para alimentar suas almas! Escutem-Me com toda a sua atenção! Ouçam bem, pois a sua vida depende disso. Eu vou fazer com vocês um trato eterno, para lhes dar todo o amor e toda a bondade que um dia prometi ao rei Davi”.) Você não acharia que um Pai assim, quando andasse pelas ruas, seria cercado de crianças implorando: “Por favor, posso morar com Você?” Mas, estranhamente… e tristemente…não é o caso. Pouquíssimas realmente aceitam o Seu convite, somente poucos da multidão de crianças. Porquê? Resumidamente, as crianças que rejeitam o Seu convite não querem um Pai que irá ensiná-las, protegê-las, instruí-las e cuidar delas. Elas não querem prestar contas ao Pai em nada. (2Pe. 2:9-10 “Vemos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o dia do juízo, especialmente os que seguem os desejos impuros da carne e desprezam a autoridade”. ) Elas preferem prestar contas a elas mesmas. Elas não querem submeter-se às boas intenções do Pai e deixar Ele ter qualquer tipo de autoridade em suas vidas. Elas preferem ser seus próprios patrões. Não importa que estejam miseráveis, frias, e sós. Ou talvez achem que tenham uma vida boa e não irão aceitar a idéia de que precisam submeter-se a um Pai que quer simplesmente amá-las e ajudá-las. Elas querem dirigir suas próprias vidas. Elas pensam: “Apesar de sermos órfãs, podemos cuidar de nós mesmas”. O que elas deixam de enxergar é a condição precária da pobreza nas ruas e que o Pai tem uma mina de ouro esperando por elas em Sua casa. (Ef. 4:17-19 “…que vivem na futilidade dos seus pensamentos. Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância que neles há, devido ao endurecimento dos seus corações…”) Is. 1:18-20; Lc. 14:16-24; Mt. 7:13-14; Lc. 10:16; Is. 53:3; 2Co. 4:3.
Bem, para aquelas poucas que preferem aceitar a Sua oferta e decidem que realmente não é muito gostoso ser um órfão e desesperadamente precisam de um bom Pai que irá cuidar delas, elas O seguem para a Sua casa. (Sl. 65:4 “Ah, como são felizes as pessoas que Tu escolhes para se aproximarem de Ti e viverem na tua presença. Viver junto de Ti nos deixará muito alegres, por causa da tua bondade.”) Elas abertamente admitem a pobreza, pecado e egoísmo de suas vidas passadas e com entusiasmo abraçam o Pai e pedem-nO ajuda, perdão e amor. Sl. 65:1-4; Ef. 2:1-10; 1Jo. 1:8-9.
Uma vez que entram na casa e debaixo dos cuidados e provisão do Pai, algumas coisas são requeridas das crianças. (Entretanto, com o passar do tempo estes requerimentos são vistos como realmente sendo elementos essenciais para manter um relacionamento sadio entre o Pai e as crianças. Entre estes elementos estão amor, confiança e obediência. Sem amor, nenhum relacionamento mútuo de amor poderia brotar e tudo seria mecânico e sem vida. (Jo. 15:9-13 “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Eu lhes disse isto para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos”.) Sem confiança, a criança iria sempre duvidar do amor, devoção e capacidade do Pai. (Jo. 14:1 “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.” Hb. 11:6 “Sem fé é impossível agradar a Deus pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”. ) Sem obediência para com o Pai, caos e rebelião iriam reinar. Cada criança iria fazer o que parecia certo aos seus próprios olhos, sem nenhum interesse nos desejos do Pai. Obediência é imperativa para que paz possa reinar. Sem obediência ao Pai e ao Seu padrão estabelecido, a Sua casa rapidamente perderia tudo o que é. Não seria mais uma casa e sim um vazio onde ninguém sabe o que acontece. Seria trágico e quebraria o coração do Pai. (Mt. 12:46-50 “Falava ainda Jesus à multidão quando sua mãe e seus irmãos chegaram do lado de fora, querendo falar com ele. Alguém lhe disse: ‘Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo’. ‘Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?, perguntou ele. E, estendendo a mão para os discípulos, disse: ‘Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”) Jo. 14:23-24; Mt. 22:37-39; Jo. 6:29; Hb. 11:; Mt. 7:21,24-27; 1Rs. 8:56-61.
Então, para as crianças que vêem o valor da casa do Pai e com alegria dizem “Eu te amo” em resposta do Pai, elas atravessam o portão com devoção para amar, confiar e obedecer ao Pai e todas as Suas regras e mandamentos que Ele vê como sábios, construtivos e sensatos. (Pv. 4:1-4 “Jovens, ouçam meus conselhos de pai! Prestem atenção e conhecerão a verdade. O meu ensino é bom e verdadeiro: não se desviem dele!…Guarde na memória as minhas palavras. Obedeça sempre aos meus mandamentos e terá uma vida feliz.”) Fica óbvio então que, para uma pessoa fazer parte deste lar, precisa viver de acordo com os desejos do Pai e não com os seus próprios. (2Co. 5:15 “E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”) Um pedido relativamente pequeno da parte do Pai, considerando o quão generoso Ele tem sido com a Sua oferta de amor imutável e bondade; sem mencionar o ambiente aconchegante e seguro para se morar. E, na verdade, os Seus desejos para as crianças são muito melhores do que os desejos das próprias crianças. Isto é uma outra razão porque aceitação a sabedoria do Pai é imperativa. Sem dúvida, estes órfãos, uma vez adotados, tornam-se as crianças mais abençoadas e mais amadas em toda a terra. ( Jo. 14:15-27 “Se vocês me amam, obedecerão ao meus mandamentos…Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele…. Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada. Aquele que não me ama não guarda as minha palavras. Estas palavras que vocês estão ouvindo não são minhas; são de meu Pai que me enviou..”) 1Pe. 2:4-6; Rm. 3:21-26; 14:8; 1Jo. 3:1; Mt. 7:7-11.
Agora, então , é fácil entender porque, nesta casa, se uma criança toma a opção de não amar seu Pai e desobedece, será disciplinada. Por causa do Seu grande amor para com a criança, o Pai a ensina que, ao cometer um ato de desobediência, ela precisa sentir a dor da disciplina. (Hb. 12:5-11 “…’Filho meu, não despreze a disciplina do Senhor e não se desanime quando ele o repreender porque o Senhor disciplina a quem ama e castiga a todo aquele a quem aceita como filho’. Suportem as dificuldades como disciplina; Deus os trata como a filhos. Pois, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos, mas bastardos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos Espíritos para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mas tarde, contudo, ela produz um fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.”) A criança necessita disto profundamente para que ela aprenda o valor de tomar as decisões corretas; que ela aprenda a necessidade de respeitar os desejos do Pai; para que ela não se prejudique com decisões erradas, e para que ela não machuque os seus irmãos e irmãs mostrando-lhes um mau exemplo; (Hb. 4:11 “Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência”) para que ela não prejudique o desenvolvimento da casa e, acima de tudo, para que ela não machuque o Pai com a sua rebelião e traga vergonha para o nome e reputação do Seu Pai. (Pv. 29:15 “…”A criança que sempre faz o que quer faz seus pais passarem vergonha em público”) Hb. 5:7-9; Ap. 3:19; Sl. 89:30-34; Jr. 2:19.
No começo é um pouco difícil para a criança que acabou de se tornar parte desta família, pelo fato dela estar vindo de uma vida que sempre fez o que quis, quando e como quis. (Ef. 4:22-24 “Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e santidade provenientes da verdade”.) Agora, na casa do Bom Pai, ela está aprendendo a benção que é obedecer ao Pai; benção esta que resultará em uma vida exatamente como a vida do Pai. E isso é bom. Muito bom. A criança órfã que vivia tão para si mesma, um dia será como seu Pai; que é bondoso, compassivo e generoso! (2Pe. 1:3-9 “Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à fé que possuem a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se estas qualidades existirem e estiverem crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês sejam inoperantes e improdutivo no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados.”) Puxa! Faz sentido então que a criança precise começar o processo de aprender a obedecer. Ela precisa ver claramente que a sua desobediência não é só “fazer uma coisa má”, mas muito mais que isso: é uma rebelião direta contra a casa do pai. É uma declaração do tipo: “Eu não me importo com o que Ele fala, eu vou fazer do meu jeito”. Isso é feio e causa uma imensa tristeza no Pai. (Dt. 30:11-16 “Obedecer a estas leis não é coisa que está além das suas forças. Não! Pois estas leis não estão nos céus, distantes demais para que possam ser ouvidas e obedecidas, sem que exista alguém que possa vir com elas para a terra! Também não estão além-mar, de modo que ninguém possa fazer chegar a vocês a mensagem delas. Pois elas estão bem perto—nos seus corações e nos seus lábios—de maneira que vocês podem muito bem obedecer a elas.”) Rm . 6:5-7; 2Co. 3:16-18; Mt. 7:24-25.
Algumas das crianças estão aprendendo muitas lições e, a cada dia que passa, estão crescendo em seu amor e afeição para com o Pai. Elas aprendem a apreciá-lO na medida em que vão aprendendo a respeitar e a submeter-se à sabedoria e vontade do Pai. Elas entendem melhor agora do que nunca que o Pai só quer o bem delas, sem mencionar que o Seu amor sem limites, insondável e imenso nunca iria acusá-las ou machucá-las. Os mais velhos têm visto que mesmo na disciplina Ele é fiel e amoroso e que a repreensão do Pai é para o seu próprio bem. (Sl. 103:8-13 “O Senhor é cheio de amor e perdão; Ele é muito paciente e cheio de boas intenções para com os homens…. Ele não nos dá o castigo que os nossos pecados e desobediências merecem. Pois o seu bondoso amor para com as pessoas que O amam e lhe obedecem é muito grande; é maior que a distância entre o céu e a terra…O Senhor sente um amor bondoso e uma compreensão especial por quem O respeita e obedece. Ele é como um pai, que ama e compreende seus filhos.) Os.14:9; Sl. 94:12-13; Jo. 15:1-2; Hb. 12:10.
Se Ele tivesse falhado na Sua disciplina, as crianças seriam relaxadas, desordenadas, egoístas, sem direção e preguiçosas; sem mencionar uma série de outras qualidades indesejáveis. (1Co. 11:32 “Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo”.) Inevitavelmente, a criança iria pensar só em si mesma e nunca iria crescer para ser como o Pai. E nunca iria aprender a gozar das alegrias e benefícios de ser um servo e ajudante para seus irmãos e irmãs. Resumindo, ela se tornaria mimada e indisciplinada sem a intervenção do Pai. Jo. 15:9-13.
As crianças mais novas às vezes vão testar estes limites e ver o quanto elas podem fazer de errado sem que ninguém perceba. Elas ainda não aprenderam o valor de se entregar para o Pai rapidamente. Mas eventualmente são devotadas e acatam o amor do Pai, e então estão lentamente aprendendo sobre a natureza sábia de Deus, que quer o melhor para os Seus filhos. (Is. 64:8 “Apesar de tudo isso, ó Deus, o Senhor é nosso Pai. Nós somos o barro e o Senhor é o oleiro que faz os vasos.”) Elas ainda se pegam dizendo “Eu não posso fazer isto ou aquilo” e “Porque preciso obedecer sempre?” Elas ainda não conseguem ver mas alcançarão isso pela experiência que as expectativas do Pai são motivadas pelo Seu amor por elas. O caminho que Ele estabeleceu é para o bem delas, não para o mal. (1Jo. 5:3 “Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.”) Pv.3:11-12.
A maioria das crianças desta casa nunca experimentaram tal disciplina constante e construtiva como agora. A disciplina do Pai, porque é só para o bem e interesse das crianças, produz segurança e paz no coração das crianças. A cada dia elas descansam mais seguras do que nunca no amor e devoção do seu Pai. (Rm. 8:15-16 “…mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos ‘Aba, Pai’. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus”.) Hb. 12:5-11.
Antes, a maioria da “correção” que as crianças recebiam, se recebiam, era geralmente motivada por egoísmo, como por exemplo: “Esta criança está me irritando, então vou…”. Geralmente era esporádica e imprevisível, que produzia insegurança em algumas das crianças e enraigava nelas um desrespeito à autoridade. Algumas vezes elas “escaparam” fazendo o mal porque o adulto era preguiçoso, desinteressado ou só pensava em si.
Quão diferente e refrescante é o jeito do Pai para com Seus filhos. O Seu coração é totalmente motivado pelo Seu amor e interesse pelas Suas crianças; quer seja no trabalhar, brincar, treinar ou disciplinar. A Sua disciplina é boa. Muito boa. (Rm. 2:4b “…não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?”) Mt.7:11.
De vez em quando acontece uma desavença na casa; e uma desavença que não é rapidamente resolvida é sem dúvida por causa da rebelião de uma criança que não irá submeter-se a obedecer. Ela não quer amar e ouvir o Pai. A esta criança são dadas incontáveis oportunidades para humildemente admitir seus erros e pedir desculpas ao Pai. Mas ao passar do tempo ela fica mais e mais cega e até indiferente para com a sua desobediência e mais e mais ressentida para com o Pai e as outras crianças. (At. 28:26-27 “Vá a este povo e diga: ‘Ainda que ouçam, não entenderão; ainda que vejam, não perceberão. Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com seus ouvidos, e fecharam seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e se converter e eu os curaria”.) Quando isso acontece, o Pai vê que medidas mais drásticas terão de ser tomadas. (Ef. 5:11 “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz”.) Mesmo reconhecendo a dificuldade nisso, Ele sabe que precisa pedir às outras crianças para ajudar-lO através de falar e de agir por Ele. As outras crianças tentam raciocinar com a criança rebelde e desobediente. Elas imploram com ela para parar de machucar o Papai e começar a obedecê-lO. ( Jl. 2:12-13 “É por isso que o Senhor diz: ‘Voltem-se para mim, enquanto ainda há tempo. Entreguem a Mim todo o seu coração. Venham chorando, jejuando e lamentando. O arrependimento deve rasgar seus corações e não apenas as suas roupas’. Voltem para o Senhor seu Deus, pois Ele tem muito amor e misericórdia. Ele demora para perder a paciência. Ele é cheio de amor e não tem qualquer desejo de punir vocês”.) Pv. 15:5, 10; Lc. 17:3.
Nesta altura, se a crianças ainda rejeita ouvir, o Pai então é obrigado a pedir que as crianças da casa não mais brinquem, trabalhem ou até comam com o desobediente. Isso pode parecer um jeito muito duro de tratar com o rebelde, mas o Pai sabe que a criança irá eventualmente destruir a si mesma e aos outros se for deixada continuar em sua desobediência. (1Co. 5:9-13 “…não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer.) O Pai a ama tanto que até põe em risco a Sua própria reputação ao proibí-la de relacionar-se com as outras crianças. Você pode ter certeza que esta decisão do Pai em disciplinar a criança com tanta rigidez geralmente não é muito bem aceita. Mas o sábio Pai sabe que o propósito destas medidas drásticas são para que a criança possa cair em si e corrigir seus erros. Mt. 18:15-17; Pv. 10:17; 12:1; 15:10.
No decorrer deste processo em busca da verdade talvez fique evidente que esta criança alheia nem entrou pela porta que o Pai abriu! Ela entrou de mansinho pela janela! Ela acha que pode fazer parte da casa do Bom Pai sem obedecer ou até ouvir os desejos do Pai. Na verdade ela nem faz parte da casa porque nunca entrou pela porta com o intento claro de amar, confiar e obedecer. (Tt. 1:16 “Eles afirmam conhecer a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra”.) Ela procura os benefícios da casa sem o compromisso de obedecer ao Pai. Lc. 8:17; 1Jo. 2:3-4; Mt. 7:21-23; Lc. 14:26-27.
Isso coloca as outras crianças numa posição em que elas não podem mais gastar tempo com esta criança desobediente. (Rm. 16:17-19 “Recomendo-lhes, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisões e colocam obstáculos ao ensino que vocês têm recebido. Afastem-se deles…”) As outras crianças estão bem tristes sobre o comportamento desta criança rebelde e até choram juntas com o Pai sobre a situação toda. O Pai, sabiamente, pede para os que são obedientes continuem o que é certo e, quando surgir a oportunidade, implorem com o rebelde para, por favor, ouvir e obedecer aos desejos e as palavras do Pai; ou então ser honesto e admitir: “Eu entrei escondido pela janela e eu claramente não posso ficar aqui e continuar com os pensamentos que tenho”. 2Ts. 3:6; Tg. 1:22-25; Lc. 13:22-27; 1Jo. 3:7-10.
O Pai só estaria machucando a criança se Ele ignorasse a rebelião ou abraçasse a criança antes que tudo fosse corrigido. Ignorar comportamento errado é uma contradição da natureza do Pai. (Sl. 101:7 Nenhum mentiroso ou ladrão ficará muito tempo em minha casa; não permitirei falsidade na minha presença”.) A criança desobediente precisa aprender que para poder viver naquela casa debaixo dos cuidados e provisão do Pai, terá de entrar pela única porta existente que é a da confiança amor e obediência. Se o Pai permitisse e fizesse vista grossa deste tipo de comportamento, Sua casa se tornaria um tumulto e as outras crianças seriam prejudicadas e começariam a desculpar as desobediências delas também. O Pai sabiamente mantém o padrão de Sua casa muito elevado, caso contrário, o lugar inteiro ficaria em ruínas. Jr. 3:19-22; Jo. 14:23-24; Jr. 7:1-11.
Há esperança de que, com o passar do tempo, a criança obstinada reconheça sua insensatez e, voluntariamente, submeta a sua vontade teimosa ao Pai. O Cabeça deste Lar não pode ceder em Sua disciplina até que este arrependimento venha. (2Co. 7:10-11 “A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não produz remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que ansiedade para estarem isentos de culpa, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito“. Sl. 51:1-4 “Ó DEUS DÁ-ME o perdão por causa do teu grande e fiel amor. Apaga a terrível mancha dos meus pecados pela tua misericórdia. Limpa-me completamente da minha culpa. Deixa-me limpo de pecados! Reconheço que pequei vergonhosamente, o meu pecado me persegue dia e noite. Pequei contra Ti, somente contra Ti. Eu sei que condenas o mal que cometi. Tu tens toda a razão em me castigar o teu julgamento é perfeitamente justo.) Is.66:2.
E que Gozo vem para o Lar quando a criança finalmente obedece! Que Celebração envolve a Casa neste Dia Vitorioso! Traz a melhor das Melhores Roupas para esta criança! Traz a melhor das Melhores Bênçãos para derramar sobre sua cabeça! Uma Festa e uma grande Declaração das Glórias do Bom Pai estão em ordem! Ele suportou com paciência o processo doloroso de disciplina daquela criança e agora o Seu coração pula de alegria e gozo em ver a criança voltar para Ele. Lc. 15:11-24.
E não podemos esquecer as outras crianças da casa! Elas também estiveram esperando na expetativa de ver o seu irmão ou irmã reagindo corretamente. E, quando vêem, não existe lugar melhor no mundo para estar do que nesta casa, onde todas as crianças estão regozijando e tendo uma festa para a criança que estava errante! E aquelas que estão rindo e chorando com gozo mais profundo são aquelas que lamentaram por completo… Is. 35:8-10; 2Co. 2:7-9.
Mas agora os dias de tormento para esta criança desapareceram num bater do coração. (Sl. 126:5-6 “Quem planta as sementes chorando colherá as espigas com gritos de alegria. Quem sai com a cesta de sementes chorando enquanto anda, voltará carregado de feixes de espigas gritando de alegria!”) Talvez pela primeira vez uma unidade pura de coração e mente, submissão e amor para com o Pai agora enlaçam esta criança com as outras daquele lar. (Rm. 15:5,6 “O Deus que concede perseverança e ânimo lhes dê um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só boca vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.) Ah… Deus é tão bom! O que fora em um momento dor aguda e de difícil disciplina, agora resulta em uma alegria inexprimível e numa paz tremenda que ultrapassa todo conhecimento. Hb. 12:11-12.
Agora vemos. Agora entendemos claramente. Agora sabemos porque o Pai teve de exigir de Suas crianças que elas também participassem na disciplina. Se elas tivessem ignorado a rebelião do seu irmão ou irmã, a criança nunca teria sentido a disciplina se não fosse pela separação. Ela nunca teria sentido a necessidade de voltar para o Pai. Agora tudo faz sentido. Desta maneira, pela aplicação de disciplina constante, o Pai mantém o Seu lar um lugar cheio de paz e segurança para os seus habitantes.
Que lugar inacreditável! A única maneira de acreditar e experimentar todas as maravilhas do Pai e de Seu Lar é morando lá com Ele. Ele realmente tem o desejo que todas as crianças do mundo venham morar com Ele. (2Pe. 3:9 “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.”) Mas Ele sabe que precisa manter um Padrão que nunca mude para poder manter a casa intacta. Mas não é difícil morar lá quando seus olhos estão fixos no bom Pai. Todas as coisas dissiparão quando comparadas com Sua Grandeza e Sua Glória e Sua Majestade. Pense bem! Você não quer vir e morar com Ele também? 2Sm. 7:11-16; Ef. 2:21; Hb. 12:1-2.
1 Timóteo 6:15-16 “O qual Deus mostrará no seu devido tempo—o bendito e único Soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores, o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém”