O CONTROLE DE NATALIDADE E O PLANEJAMENTO FAMILIAR

O Controle de Natalidade e o Planejamento Familiar, são fatores preponderantes nas sociedades modernas. Os países desenvolvidos, tem buscado a aplicação destas medidas como fórmula de conter a explosão demográfica indiscriminada, que tem sido um problema muito sério nos países em desenvolvimento. No caso do Brasil, em que o Produto Interno Bruto – PIB, é irrelevante, a renda per capita é baixissima e as condições de saúde precárias, com altas taxas de mortalidade motivadas pela fome e subnutrição, atinge não somente crianças e adolescente, mas adultos e idosos também. O bolsão da fome, no Brasil, atinge cerca de trinta milhões de brasileiros, que vivem em estado de miséria absoluta. Neste grupo, é muito alto o índice de doenças infectocontagiosas, o analfabetismo, a indigência mental, a repetência e o abandono à escola, em face dos poucos recursos que são destinados à saúde e a educação.
Deus ordenou ao homem no Gênesis, dizendo: – “Dominai sobre tudo o que se move sobre a terra.” Segundo Geziel Correa Ferreira de Souza, autor do livro Planejamento Familiar: – “Se Deus nos dá condições de dirigir o que está ao nosso alcance na terra, se ele nos dá sabedoria para compreender e testar o fenômeno da reprodução, e nós não usamos a inteligência que ele nos propicia para o nosso bem, nós não estamos agindo em conformidade com a Sua vontade”.
Nos tempos primitivos, era atitude sábia buscar o crescimento acelerado da família. Em nossos dias, devemos multiplicar-nos ordenada, comedida, e racionalmente. Mesmo porque o excesso de filhos traz prejuízo à saúde da mulher, ao orçamento familiar, e ao orçamento das nações.”
A reprodução responsável, deve ser uma atitude consciente e coletiva, como a que vem sendo aplicada nos países desenvolvidos, como forma de equacionar os problemas decorrentes da reprodução humana, dando origem a famílias de pequeno porte e adequadas à suas realidades sócio-econômicas.
A parternidade por sua vez, deve ser responsável, e isto implica numa atitude consciente, e voluntária do casal frente ao fenômeno da reprodução, refletindo a preocupação de ter apenas, o número de filhos que possam ser criados, e educados com dignidade. Para tanto, é preciso conscientização por parte dos pais, que deve ter acesso aos recursos e meios necessários, para a planificação do número de filhos, por meio de métodos anticoncepcionais produzidos pela ciência médica.
Os governantes deveriam adotar políticas voltadas para a solução deste problema, de modo que viesse solucionar os problemas gerados pela reprodução descontrolada da população.
A prática do planejamento familiar, é salutar para a família, e para a sociedade como todo. Ela não fere princípios bíblicos; não ferindo a lei de Deus, nem a dos homens, e que sob orientação correta, não traz prejuízos à saúde física, e mental do ser humano.
O planejamento familiar, deve ser uma atitude expontânea dos conjuges, e o Estado não deve coagí-los a tomar esta decisão. Contudo o Estado não pode e não deve estar omisso a esta situação, porque cabe-lhe colocar à disposição dos casais que o desejarem, as informações, e as condições necessárias para o exercício do planejamento familiar.

Augusto Bello de Souza Filho
Bacharel em Teologia