O CATOLICISMO ROMANO

1. Quem fundou, quando e por quê?

A Igreja Católica menciona o ano 33 d.C. como a data da sua fundação. Isto vem do fato de que toda ramificação do cristianismo costuma ligar a sua origem à Igreja fundada por Jesus Cristo. Porém, quanto ao desenvolvimento da organização eclesiástica e doutrinária da Igreja Romana é muito difícil fixar com exatidão a data de sua fundação, porque o seu afastamento das doutrinas bíblicas deu-se paulatinamente.

2. Quais as principais crenças?

a) A crença de que no apóstolo Pedro residia o fundamento da Igreja

A Igreja Católica Romana considera o apóstolo Pedro como a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja. Para fundamentar esse ensino, apela principalmente, para a passagem de Mateus 16:16-19: “E Simão Pedro, respondendo disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque tu não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Dessa passagem a Igreja Romana deriva o seguinte raciocínio:
· Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada.
· A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, só ele detém o poder de abrir a porta do reino dos céus.
· Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma.
· Toda autoridade foi conferida a Pedro até nossos dias, através da linhagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo na Terra.

Partindo desse raciocínio, o padre Miguel Maria Giambelli põe o versículo 19 de Mateus 16 nos lábios de Jesus, da seguinte maneira: “Nesta minha Igreja, que é o reino dos céus aqui na terra, eu te darei também a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judiciários, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu a ratificarei lá no Céu, porque tu agirás em meu nome e com a minha autoridade”. (A Igreja Católica e os Protestantes, pág. 68).
Numa simples comparação entre a teologia vaticana e a Bíblia, a respeito do apóstolo Pedro e sua atuação no elo da igreja nascente, descobre-se quão absurda é a interpretação romanista à respeito da pessoa e ministério desse apóstolo do Senhor. Mesmo numa despretensiosa análise do assunto, conclui-se que:
· Pedro jamais assumiu no seio do cristianismo nascente a posição e as funções que a teologia católica romana procura atribuir-lhe.
O substantivo feminino “pedra” designa do grego uma rocha grande e firme. Já o substantivo masculino “petros” é aplicado geralmente a pequenos blocos rochosos, móveis, bem como a pedras pequenas, tais como a pedra de arremesso. Pedro é “petros” = bloco rochoso e móvel e não “petra” = rocha grande e firme. Portanto, uma igreja sobre a qual as portas do Inferno não prevalecerão não poderia repousar sobre Pedro.
· De acordo com a Bíblia, Cristo é a pedra. “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou” (Daniel 2:34).
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina (Efésios 2:20).
Nestes versículos, “pedra” se refere a Cristo e não a Pedro porque no original grego consta “petra” como vimos acima.
Diz o próprio apóstolo Pedro: “Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular” (Atos 4.11; Marcos 12:10 e 11; Romanos 9:33; I Coríntios 10:4 e I Pedro 2:4). Em todos estes textos o original grego que aparece é “petra” e referindo-se a Jesus.
Da interpretação doutrinária que a Igreja Católica Romana faz de Mateus 16:16-19, deriva outro grande erro: o ensino de que Jesus fez de Pedro o “Príncipe dos Apóstolos”, pelo que veio a se tornar o primeiro bispo de Roma, do qual os papas, no decorrer dos séculos, são legítimos sucessores.
· Esteve Pedro em Roma alguma vez?
Há uma opinião sobre uma remota possibilidade de que Pedro tenho estado em Roma.
Oscar Cullman, teólogo alemão, escreve”A primeira carta de Pedro… alude em sua saudação final (5:13) à estada de Pedro em Roma ao falar de “Babilônia”, como lugar da comunidade que envia saudações, pois que a opinião mais provável é que “Babilônia designa Roma”.
Também Lietzmann, em sua obra Petros and Paulos in Rome (Pedro e Paulo em Roma), assim se expressa sobre o assunto:
“Mais importante, porém, é a debatida afirmação de que Pedro, no decurso de sua atividade missionária, tenha chegado a Roma e aí morrido como mártir. Visto que esta questão está intimamente relacionada com a pretensão romana ao primado, freqüentemente a polêmica confessional influi na discussão. A resposta a ela só pode ser fruto de pesquisa histórica desinteressada. Como, porém, ao lado das fontes neo-testamentárias, vêm, em consideração, principalmente testemunhos extra e pós-canônicos da literatura cristã antiga, e, além disso, documentos litúrgicos posteriores, e ainda escavações recentes, esta questão não pode ser aqui discutida em todos os seus pormenores. Queremos apenas lembrar que, até a Segunda metade do Século II, nenhum documento afirmava expressamente a estada e martírio de Pedro em Roma”.
Tenha ou não estado em Roma, o fato é que se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos demais que apareceram até agora. Senão vejamos:
· Pedro era financeiramente pobre (Atos 3:6);
· Pedro era casado (Mateus 8:14-15).
· Pedro foi um homem humilde, pelo que não aceitou ser adorado pelo centurião Cornélio (Atos 10:25-26).
É de estranhar que Pedro, sendo o “Príncipe dos Apóstolos”, como ensina a teologia vaticana, Tiago e não ele (Pedro), era o pastor das comunidade cristã em Jerusalém (Atos 15). Se Pedro tivesse sido papa, certamente ele não teria aceito a orientação dos líderes da Igreja quanto à obra missionária (Atos 15:7). Se Pedro tivesse sido papa, a ordem das “colunas”, conforme Paulo escreve em Gálatas 2:9, seria: “Cefas (Pedro), Tiago e João”, e não Tiago, Cefas e João”.
A própria história do papado é uma viva demonstração de que os papas jamais conseguiram provar serem sucessores do apóstolo Pedro, já que em nada se assemelham àquele inflamado, mas humilde, servo do Senhor Jesus Cristo.
Vejamos, por exemplo:
· Os papas são administradores de grandes fortunas da igreja. O çlérigo José Maria Alegria, da Universidade Gregoriana de Roma, declarou, no final do ano de 1972, que o balanço financeiro do Vaticano dispunha de um ativo de um bilhão de dólares.
· Os papas são celibatários, isto é, não se casam, não obstante ensinarem que o casamento é um sacramento do qual eles se eximem sem nenhum fundamento teológico. Pedro era casado.
· Os papas freqüentemente aceitam a adoração dos homens.
· Os papas se consideram infalíveis nas suas decisões e decretos. Motivo pelo qual levou séculos e séculos para voltar atrás e declarar que Galileu Galilei estava correto ao afirmar que a Terra girava em torno do Sol.

b) A crença na existência do Purgatório

A idéia do purgatório por incrível que parece tem suas raízes no Budismo e em outros sistemas religiosos da antiguidade. Até a época do papa Gregório I, porém, o Purgatório não tinha sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista.
Esse papa adicionou o conceito de fogo purificador à crença, então corrente, de que havia um lugar entre o Céu e o inferno, para onde eram enviadas as almas daqueles que não eram tão maus, a ponto de merecerem o inferno, mas também, não eram tão bons, a ponto de merecerem o Céu. Assim, surgiu a crença de que o fogo do Purgatório tem poder de purificar a alma de todas as suas escórias, até fazê-la apta a se encontrar com Deus.
O Concílio de Trento declarou: “Desde que a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo nos sagrados escritos e pela antiga tradição dos Pais, tem ensinado nos santos concílios, e ultimamente, neste Concílio Ecumênico, que há Purgatório, e que se almas nele retidas são assistidas pelos sufrágios das missas, este santo concílio ordena a todos os bispos que, diligentemente, se esforcem para que a salutar doutrina concernente ao Purgatório – transmitida a nós pelos veneráveis pais e sagrados concílios – seja crida, sustentada, ensinada e pregada em toda parte pelos fiéis de Cristo. (Seção XXV do Texto do Concílio de Trento).
O Purgatório é, não só uma fábula engenhosamente montada, mas à sua doutrina se constitui num vergonhoso sacrilégio à honra de Deus e num desrespeito à obra perfeita efetuada por Cristo na crus do Calvário. Essa doutrina absurda e cruel é totalmente refutável à luz da Bíblia.
Este disparate provém de um erro da teologia vaticana, segundo o qual a obra expiatória de Cristo satisfez a pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e não daqueles que foram cometidos posteriormente.

c) A crença de orar pelos mortos

É de se supor que a prática romanista de interceder pelos mortos tenha-se gerado da falsa interpretação às seguintes palavras de Paulo: “Antes de tudo, pois, exorto que se use à prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens” (I Timóteo 2:1).

d) A crença de que a Missa é capaz de resgatar pecadores do Purgatório

As missas são tidas como os principais recursos empregados em benefício das almas que estão no Purgatório, pois, segundo o ensino romanista, a missa beneficia não só a alma que sofre no purgatório, como também acumula méritos àqueles que as mandam dizer.
O princípio do evangelho cristão é de prestar Culto racional a Deus que é digno de todo louvor, toda honra e toda a glória. Boa parte das missas são contratadas financeiramente para resgatar pecadores do purgatório ou prestar culto aos mortos, são as chamadas missas de Sétimo Dia.

e) A Tradição Católica e a Bíblia

Em 1929, o padre Bernhard Conway afirmou: “A Bíblia não é a única fonte de fé, como Lutero ensinou no Século XVI, porque, sem a interpretação de um apostolado divino e infalível, separado da Bíblia, jamais poderemos saber, com certeza, quais são os livros que constituem as Escrituras inspiradas, ou se as cópias que possuímos concordam com os originais. A Bíblia em si mesma, não é mais do que letra morta, esperando por um intérprete divino; ela não está arranjada de forma sistemática; ela é obscura, e de difícil entendimento, como São Pedro diz de certas passagens das Cartas de Paulo (II Pedro 3:16, cf. Atos 8:30-31); como ela é, está aberta à falsa interpretação. Além disso, certo número de verdades reveladas têm chegado a nós, somente por meio da Tradição Divina”. (The Question Box).
No Compêndio do Vaticano II, lê-se o seguinte “Não é através da Escritura apenas que a Igreja deriva sua certeza a respeito de tudo que foi revelado. Por isso ambas (Escritura e Tradição) devem ser aceitas e veneradas com igual sentido de piedade e reverência (pág. 127).
Desde que muitas inovações anticristãs começaram a ser aceitas pela Igreja Romana, esta começou a Ter dificuldades em como justificá-las à luz das Escrituras. Como não era possível, em vez de deixar o paganismo e voltar-se para a Bíblia, o clero fez exatamente o contrário: no Concílio de Tolosa, em 1229, tomaram a medida extrema de proibir o uso da Bíblia pelos leigos.
Até a Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana não havia ainda tomado nenhuma posição no sentido de conferir à Tradição autoridade igual à da Bíblia Sagrada. Isto devido a generalizada ignorância do povo a respeito das Escrituras. Porém, com o advento da Reforma Protestante no Século XVI, o valor da Bíblia, como única regra de fé e prática do cristão, foi exaltado, e a sua mensagem pregada onde quer que se fizesse sentir a influência desse evento. Como a maioria dos dogmas da Igreja Romana não tivesse o apoio da Bíblia, o clero em mais uma demonstração de rejeição das Escrituras, foi levado a estabelecer a Tradição como autoridade para apoiar os seus dogmas e enganos.

e) A crença em Maria

A essência da adoração na Igreja Católica Romana gira não em torno do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas da pessoa da Virgem Maria. No decorrer dos séculos têm sido as mais diferentes e absurdas crendices, as criadas em torno da humilde mãe do Salvador, como milagres e aparições. Imagens chorando etc.
O Concílio Vaticano II decretou: “Os fiéis devem venerar a memória primeiramente da gloriosa sempre Virgem Maria, mãe de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo. Pergunta: Se Maria é a mãe de Deus, quem é o pai de Deus? Como Maria poderia ser a mãe de Deus se nasceu de um homem e uma mulher e Deus é Espírito, criador dos Céus e da Terra? Como Maria poderia conceber este Criador se ela foi concebida em pecado, descendente de natureza humana e não Divina? (Romanos 3:23). Este dogma chega a ser ridículo. Maria é apenas a mãe do nosso Salvador.
Maria não foi sempre virgem. Depois de decorrido os dias normais de observância da Lei de Moisés após o nascimento de Jesus, Maria deitou-se normalmente com José e teve outros filhos relatado nos evangelhos (João 2:12; Mateus 12:46. 13:55-56; Marcos 3:31; Lucas 8:19; João 7:3,5, 10; Atos 1:14; I Coríntios 9:5 e Gálatas 1:19).
Maria não é a medianeira e intercessora de pecadores como a Igreja Católica ensina. Não é Advogada, Auxiliadora ou Adjutriz. Só há um mediador entre Deus e os homens Jesus (I Timóteo 2:5; I João 2:1; Hebreus 7:25-26). Não existe este negócio de pedir a mãe que o Filho atende. Este dogma é outro absurdo.

f) A crença da transubstanciação do Pão e do Vinho na Missa

Não há um só versículo nas Escrituras que dê apoio a tese do Concílio de Trento que definiu que o pão e o vinho usados na missa, ao serem consagrados, tornam-se ou transubstanciam-se no corpo e no sangue de Jesus, física e espiritualmente, assim como Ele está no Céu.
O corpo de Cristo hoje na terra não é o pão e o vinho usados na celebração da missa, mas a sua Igreja, conforme mostram as seguintes passagens bíblicas: I Coríntios 10:16-17; 12:27; Efésios 1:22-23; 4:15-16 e 5:30.

g) A crença de que a Missa é a Ceia do Senhor

A missa e a santa ceia do Senhor são cerimônias diferentes, é que na missa os comungantes só tomam um elemento (a hóstia) enquanto que o vinho é tomado exclusivamente pelo padre celebrante, quando a ordem neo-testamentária é: “Examine-se o, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice” (I Coríntios 11:28).

h) A crença e prática do batismo de recém nascidos

Mais um dos dogmas contestados. Sob a alegação de que nenhum católico pode correr o risco de morrer sem receber o Sacramento do Batismo, a Igreja ordena o batismo de crianças e recém nascidos. As crianças e recém nascidos estão eximidos do Batismo porque não serem consideradas pecadoras. Jesus mesmo disse: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus”. (Mateus 19:14). Em outra oportunidade Jesus disse que quem não se convertesse e se tornasse como criança não entraria no reino dos céus. – “Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como criança, de modo algum entrareis no reino dos céus (Mateus 18:3). E em Marcos 9:37 – Jesus diz que quem receber uma criança como aquela que tinha nos braços recebia a Ele e quem recebia a Ele, recebia a àquele que o enviou: – “Qualquer que em meu nome receber uma destas crianças, a mim me recebe; e qualquer que me recebe a mim, recebe não a mim mas àquele que me enviou. A interpretação teológica destes versículos indica que o batismo de crianças é desnecessário. O princípio que norteia o batismo é a conversão e arrependimento de pecadores. Crianças não são pecadores. Diz o texto bíblico: Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. (Marcos 16:16). Ora, a criança é pura e não tem consciência de ser pecadora. Não necessita de arrepender-se daquilo que não tem consciência. Não tem condições de julgar-se para crer e ser batizada com o propósito de alcançar a sua salvação, que mediante a graça de Cristo, e nas palavras de testemunho do Senhor nos textos acima, não teriam necessidade porque já tem a garantia do reino dos céus que a elas pertence – “porque delas é o reino dos céus”.

i) A crença nas imagens de escultura

Um dos maiores problemas da doutrina Católica reside no fato de admitir a introdução nos templos, capelas e oratórios residenciais, de imagens conforme aprovação em Concílio. Muito distante dos ensinos bíblicos. Desde o início, no Antigo Testamento Deus tem abominado a prática da idolatria ou adoração de imagens. É inconcebível e irresponsável o fato de encobrir-se este pecado. Nenhum tipo de imagem do que se imagina que há nos céus, na terra ou nas águas na terra – “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra (Êxodo 20:4). É pecado inclinar-se diante de imagens e é o que mais se faz no catolicismo – “Não fareis para vós ídolos, nem para vós levantareis imagem esculpida, nem coluna, nem poreis na vossa terra pedra com figuras, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 26:1). Imagens de santos e santas espalhadas por todos os cantos e recantos católicos não só com a semelhança de homens e mulheres, mas com o nome dos personagens atribuídas a elas -“…para que não vos corrompais, fazendo para vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher;” (Deuteronômio 4:16). Todos que se envolvem com a produção de imagens são malditos diante de Deus. – “Maldito o homem que fizer imagem esculpida, ou fundida, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido…”(Deuteronômio 27:15). Imagens não se movem: – ”O empobrecido, que não pode oferecer tanto, escolhe madeira que não apodrece; procura para si um artífice perito, para gravar uma imagem que não se pode mover.(Isaías 40:20). O cúmulo do absurdo o homem fabrica uma imagem, se prostra diante dela e a considera seu deus. – “ Então ela serve ao homem para queimar: da madeira toma uma parte e com isso se aquenta; acende um fogo e assa o pão; também faz um deus e se prostra diante dele; fabrica uma imagem de escultura, e se ajoelha diante dela (Isaías 44:15) – “Então do resto faz para si um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se, e lhe dirige a sua súplica dizendo: Livra-me porquanto tu és o meu deus (Isaías 44:17). Deus considera essa prática uma brutalidade do homem que produz imagens falsas em que não há fôlego: – “Todo homem se embruteceu e não tem conhecimento; da sua imagem esculpida envergonha-se todo fundidor; pois as suas imagens fundidas são falsas, e nelas não há fôlego (Jeremias 10: 14). Imagens são ídolos mudos. – “Que aproveita a imagem esculpida, tendo-a esculpido o seu artífice? a imagem de fundição, que ensina a mentira? Pois o artífice confia na sua própria obra, quando forma ídolos mudos (Habacuque 2:14). A idolatria é um dos pecados que leva o homem ao lago ardente de fogo e enxofre. – “Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte (Apocalipse 21:8) – “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira (Apocalipse 22:15). E não me venham com aquela história de que as imagens são como retratos de pessoas que se ama. São imagens mesmo. As pessoas se prostram diante delas. Fazem promessas. Carregam imagens em andores e fazem procissões. Prestam culto, dizem missas etc.

j) A crença e o sincretismo religioso

O sincretismo religioso se verificou por ocasião da evangelização dos escravos africanos aportados no Brasil. A condição estabelecida pelos negros para se converterem ao catolicismo era de que se fizesse uma conversão de seus orixás para os ídolos do catolicismo. Assim as seitas africanas: Umbanda; Quimbanda; Candomblé; Macumba etc; tinham sempre um orixá que corresponderia a um ídolo do catolicismo. Esses orixás são entidades espirituais que segundo a crença africana guiam os terrestres Em outras palavras são demônios. “Ogum” no Candomblé corresponde a “São Jorge” no catolicismo. “Oxolá” no Candomblé é “Senhor do Bonfim” no catolicismo. Tudo isso é engano. É como cegos guiando cegos. Isso atola ainda mais o catolicismo no lamaçal do pecado da idolatria que a Bíblia tanto condena. A omissão Católica quanto a prática da idolatria chega a ser vergonhosa.

3. Quais os Principais Costumes?

O nominalismo do Catolicismo Romano levou a prática cristã a acomodação. Por ocasião do que se chamou descoberta do Brasil a Igreja Católica se fez presente como era comum à época das viagens marítimas de Portugal e Espanha, com o propósito de alcançando novas terras e novos povos. A influência católica sobre os Reis era tão grande que era impossível imaginar-se ações de qualquer desses países sem a presença de representantes da Igreja. Desse modo, os primeiros contatos com novas civilizações era recheado de Padres evangelizadores. E, diga-se de passagem que civilizações foram extintas pelos conflitos provocados pela imposição católica de evangelizar os índios, como se verificou com o povo Inca. O fato do Imperador Inca desconhecer a Bíblia e tê-la atirado ao chão como um livro qualquer, foi motivo para o extermínio de todo o seu povo. Porque a partir deste fato foi acusado de haver blasfemado contra Deus e ele e todos os guerreiros que o protegiam foram dizimados pela armas de fogo. Outros fugiam atemorizados pela presença dos cavalos que eram animais desconhecidos dos índios. Tudo isso provocou um o massacre do povo Inca e nada mais restou. Uma evangelização mal sucedida provocou destruição. Mas, voltando ao raciocínio inicial, as pessoas eram evangelizadas praticamente à força. Todos deviam aceitar o cristianismo. Não um cristianismo baseado nos princípios do evangelho do primeiro século firmado no testemunho dos apóstolos, mas um evangelho já totalmente dirvirtuado e comprometido com o estado, com a tradição, com o pecado, com a idolatria e outras abominações a Deus. Um evangelho sem compromisso com Deus, sem conversão, sem arrependimento, sem o homem ter a consciência do pecado, sem o sangue de Cristo sobre a sua vida, sem a necessidade de pegar a sua cruz e segui-lo, sem deixar amor de pai, de mãe e de irmãos, sem deixar a terra e a sua parentela, sem deixar os apegos materiais, sem deixar que outros enterrem os seus mortos, sem deixar as suas festas pagãs. Juntando o Santo e o Profano. Fazendo acordo com os africanos. Sincretizando os deuses afro e os santos católicos, representando-os em imagens de escultura que até então permeia os templos católicos e todas as suas atividades, procissões, beijas-pé, romarias, penitências, flagelos etc. Novos cristãos nominais. De Cristo herdaram apenas o nome. Nada mais. A imprensa tem notificado que em Salvador na Bahia há uma igreja católica que está envolvida diretamente com o Candomblé, “mães e pais de santo”, feitiçarias etc. Aliás isso não é só na Bahia. Mas em todas as igrejas dos chamados padroeiros. Por analogia, se Senhor do Bonfim é o padroeiro da Bahia e se Oxalá que é um demônio do culto afro e no sincretismo religioso, são o mesmo, logo para o Catolicismo Romano na Bahia, um demônio é o padroeiro deles, porque Senhor do Bonfim e Oxalá são a mesma entidade. Isso faz parte do costume católico. Dentro da igreja há uma festa nominada como cristã e do lado de fora do templo há uma festa profana. Você pode brincar o carnaval que é a festa da carne. Você tem todo o direito de fazer o que bem quiser com o seu corpo, alimentando todos os desejos carnais, principalmente os sexuais, contudo que na Quarta-feira de cinzas você compareça a uma das igrejas católicas que uma Padre estará lhe esperando para fazer o sinal da cruz com cinzas em sua testa e você estará perdoado e todo o pecado será apagado. Este é o Catolicismo Romano carregado de enganos, pecados e abominações, muito identificado com os costumes e hábitos do povo. Diz-se então que o Brasil é um país Católico. Nominalmente todos se dizem assim com a exceção dos evangélicos é claro. Falta-lhes prática da fé cristã à luz da Bíblia e dos ensinos do Novo Testamento. Não tem proposta espiritual de salvação que possa suportar a contestação evangélica. Por isso os evangélicos estão crescendo. Porque tem proposta baseada nas promessas bíblicas e não na tradição. Tem a convicção da presença de Cristo em suas vidas. Tem plena certeza da ressurreição e espera a volta do Senhor quando arrebatará a sua igreja nas nuvens como escreveu o apóstolo Paulo. O Católico Romano não espera nada disso por que não conhece ou não crê nos Testamentos que Deus deixou para ele quando fez a aliança com Abraão no Antigo Testamento e sob o sangue da nova aliança em Cristo no Novo Testamento. E, acima de tudo, muitos que ouvem a Palavra da verdade se recusam em aceitá-la porque não querem que Jesus se torne o Senhor de suas vidas. Jesus bate à porta mas eles não a abrem porque não querem participar da ceia com o Senhor. Vivem a vida dissolutamente e pecadoramente sem nenhum compromisso com Deus e com a sua Palavra. Este é o costume católico.

Augusto Bello de Souza Filho
Bel. em Teologia