Avaliação da “Visão G-12”
Wilbur (Gilberto) Norman Pickering, ThM PhD

Já fiz o encontro por aqui (DF), junto com meu pastor, sendo que as esposas fizeram simultaneamente em lugar separado. Por alto entendo o seguinte. No momento que várias igrejas andam fazendo “encontros”, é preciso lembrar que cada pastor traz sua própria bagagem pessoal, bem como o pacote doutrinário da sua igreja. Daí, fatalmente haverá diferenças entre um encontro e outro, diferenças de ênfase, grilos, em fim.
Aqui no DF têm havido “adaptações” por parte de uns e outros, de tal modo que há pouco houve um congresso aqui para tentar coibir os “desvios”; uma tentativa de levar todo mundo de volta à cartilha do Pr. Renê Terranova, de Manaus. Veio ele pessoalmente e ministrou durante dois dias e três noites. Eu mesmo assisti os dois dias e a última noite. Pois bem, julgo oportuno tecer algumas observações.

1) O conteúdo básico da “visão G-12” parece-me ser uma volta à Grande Comissão de Cristo – fazer discípulos. Como ninguém cresce sem nascer, é preciso ganhar as pessoas para Cristo, alicerçá-las, treiná-las e depois enviá-las. Até aí tudo bem – puro Evangelho do Reino.

2) Quanto ao “encontro” – o pecado é confrontado; é necessário arrependimento sincero. É preciso render-se ao Senhor Jesus Cristo. É preciso compromisso com Jesus e seu Reino. É preciso cortar quaisquer maldições que vêm do passado, bem como soltar rabos presos, resolver traumas antigos, etc. É preciso o “batismo no Espírito Santo”. Ora, estão convertendo os “crentes”! Para um “crente” que se converte de fato, fica livre dos pecados, das maldições e dos “rabos”, o encontro é mais do que tremendo. Sai pulando, leve. Com efeito, teve um encontro com Deus! Até aí, ótimo.

3) Infelizmente existem algumas coisas que preocupam, também. São poucos os homens que conseguem ouvir a voz de Deus com perfeição, e menos ainda que conseguem depois transmitir a mensagem sem mistura humana (quando não demoníaca). Comentarei o que eu mesmo presenciei, com ressalvas oriundas de notícias diferentes de encontros feitos por outros.

4) A questão do sigilo: no encontro que fiz o pastor anfitrião literalmente cobrou um juramento, com todas as letras [não fiz], e ainda amaldiçoou quem viesse a divulgar. Exatamente assim. No encontro que a esposa fez, falou-se em “pacto”, evitando a palavra “juramento”. Ouço dizer que em outros lugares são concitados ao sigilo em termos mais brandos. Mas, para que isso? Dizem que é para não criar expectativas nos que ainda não fizeram, para que não venham a se decepcionar, pois cada um deve ter seu próprio encontro com Deus, que pode ser diferente.
Bem, cobrar juramento esbarra numa proibição do Senhor Jesus. Em Mt. 5:34-37 Ele disse: “De maneira nenhuma jureis…. Seja o vosso “Sim” sim, e o vosso “Não” não; o que passar disto vem do maligno!” Com base na palavra do Senhor Jesus Cristo afirmo que aquele juramento foi satânico. Absolutamente não prestou; o efeito foi unicamente negativo. Sim, porque atrelar-se a qualquer coisa de procedência satânica traz sempre conseqüências negativas – pergunte a Adão e Eva. Aliás, no meu entender cada pessoa que prestou aquele juramento deu base legal a Satanás para atuar na sua vida, o que não é negócio.
Mas, e se foi só um “pacto”. Para quê? Em Mt. 10:27 o Senhor Jesus disse, “O que vos digo no escuro, dizei-o na luz, e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados.” O contexto foi outro, claro, mas para que o sigilo? Se é coisa boa porque não falar? Se é coisa ruim seria uma camaradagem alertar o interessado. Se a idéia for de criar curiosidade, armando uma armadilha para pegar no pé da pessoa antes que desconfie do propósito verdadeiro…. Será que o “marketing” dos homens serve para o Reino de Deus?
Parece-me totalmente desaconselhável essa tática de sigilo. Havendo testemunhos sinceros daquilo que Deus fez nas vidas, os interessados irão, sem correr o risco de comer gato por lebre. Basta insistir que cada um tem que ter seu próprio encontro com Deus, que será travado a partir da realidade espiritual de cada qual. Agora vejam, abrir mão da tática do sigilo em nada vai comprometer os objetivos legítimos dos encontros; pelo contrário, deve até aumentar os resultados positivos, e principalmente a longo prazo.

5) Achei que havia muita manipulação, incitando as pessoas a uma certa animação física e emocional. Levei a impressão, talvez equivocada, de que era preciso simular, ao menos, uma aparência de “unção”. É que foi dito que os princípios que norteiam a “visão” e o “encontro” nada mais são do que as coisas que o Senhor Jesus mandou fazer (o que é verdade) e portanto o que torna o encontro em si necessário é a unção que se recebe unicamente no encontro (você não recebe sozinho). Epa! Espera aí! Será mesmo? Ora, o Espírito Santo é soberano – será que Ele tem que ungir só porque alguém organiza encontro? (Fazendo justiça, parece-me que há bastante oração antes e durante o encontro, visando a benção de Deus.) E será que Ele não pode ungir ninguém a não ser através do Pr. Renê, ou então o Pr. César?
Ouvi o Pr. Renê Terranova dizer que só pode transmitir a unção quem recebeu a chave para tal efeito, e essa chave é ele que dá, ou alguém a quem ele deu. Parece-me que se baseia, pelo menos em parte, numa tradução inadequada de Mt. 18:18. A versão Corrigida e a Contemporânea trazem, equivocadamente, “tudo o que ligardes na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra, será desligado no céu.” Dá a idéia de que nós estamos mandando em Deus; se Pr. Renê desliga aqui então Deus é obrigado a abonar. A versão Atualizada e a NVI trazem corretamente, “tudo o que ligardes na terra, terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra, terá sido desligado no céu.” Terá sido – é Deus que manda em nós; aplicamos aqui o que já se fez no Céu.

6) Acabo de triscar no aspecto mais perigoso, ao meu ver, da “Visão G-12”. É que a “visão” tem dono, e esse dono não é Jesus. É o Pr. Renê Terranova em Manaus, ou eventualmente o Pr. César Castellanos na Colômbia. Ouvi o Pr. Renê insistir várias vezes na necessidade de se seguir a cartilha dele, à risca. Mesmo admitindo, como admito, que Pr. Renê ouviu a voz de Deus, isso não significa que ele ouviu com perfeição. Com toda certeza, afirmo sem medo de errar, Pr. Renê não transmitiu com perfeição – há muita mistura do homem. E talvez do inimigo – achei o Pr. Renê um tanto soberbo, mas em vários lugares o Texto Sagrado afirma que Deus resiste ao soberbo; se Deus está resistindo alguém, como fica a proteção desse alguém contra as investidas do inimigo? Depois, quem compactuar com qualquer engano está facilitando.
Em Mt. 23:9-10 o Senhor Jesus foi taxativo: não se deve chamar ninguém na terra de ‘pai’ (espiritual, não físico) e nem de mestre/discipulador. No NT não há exemplo de um cristão chamar outro de seu discípulo – mesmo em 1 Cor. 3:4 Paulo parece evitar o termo. No entanto Pr. Renê insistiu fortemente na necessidade de liderança única em qualquer nível – a célula tem que ter um líder, a igreja tem que ter um líder, uma região idem, e a visão toda idem. Insistiu em que ninguém escolhe ser pastor – é vocação, escolha divina. E portanto só pastor pode pregar, diácono não (ele é batista). Como prova citou o caso de Estevão: por ser diácono ele não podia pregar, mas teimou e por isso foi morto. Foi exatamente assim que o homem se expressou. Bem, vamos ao Texto Sagrado – será que foi assim? Atos 6:5 diz, “Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo.” Atos 6:9, “Levantaram alguns…da Celícia e da Ásia, e discutiam com Estevão.” Está Estevão pregando na igreja? Ele foi abordado e respondeu. Atos 6:10, “Mas não podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que ele falava.” Estaria Estevão pecando, cheio do Espírito? O discurso no capítulo sete foi sua defesa perante o Sinédrio, e não um sermão. Mas Atos 6:15 diz que o Sinédrio viu o seu rosto “como o rosto de um anjo” – teria sido porque Estevão estava pecando? Foi porque pregou (usurpando a função de pastor) que morreu? Atos 7:55-56 — “Mas ele, cheio do Espírito Santo,…disse: Olhai! Eu vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à direita de Deus.” O Senhor Jesus ficou em pé para receber o “mero” diácono que ousou pregar! O mal uso que Pr. Renê fez de Estevão me leva a comentar outro fator preocupante.

7) As pessoas ligadas ao movimento costumam fazer uso improcedente da Bíblia. Além do caso de Estevão, Pr. Renê citou o apóstolo Pedro como mau exemplo. A partir de Atos 10:17, em vez de Pedro meditar ou estar perplexo, a versão Corrigida tem ele “duvidando” (tradução inadequada), e daí o pregador afirmou que Pedro perdeu a visão e a benção – não duvidasse teria segurado a visão e o lençol não teria voltado para o céu (assim mesmo). Se segurasse a visão teria alcançado as nações, mas não, perdeu. Aí concitou os ouvintes a segurar a visão G-12, pois caso contrário perderiam, etc.
E porque grupos de doze, exatamente, nem mais nem menos? Porque o número doze é bíblico – 12 tribos, 12 apóstolos. Mas, e daí? Existe algum registro no sentido de que qualquer um dos doze (onze) apóstolos preparou exatamente doze discípulos? Que eu saiba, não. Então, Paulo foi um fracasso porque não formou um grupo de 12? E porque um encontro de três dias? Porque o número três é bíblico – a Trindade, Jesus no sepulcro, Jonas no estômago, etc. Vejam bem, nada tenho contra os números doze e três. Se alguém quer fazer doze discípulos, ótimo. Um encontro de três dias, jóia! Se Deus mandou Pr. César fazer assim, então basta dizer que Deus mandou ele fazer assim.
Durante o encontro foi enfatizado a “unção da multiplicação”. A base bíblica citada foi Isa. 60:22, “O menor virá a ser mil, e o menino uma poderosa nação.” Então afirmou-se que ao receber essa unção cada um iria ganhar pelo menos mil almas. Um pastor presente tinha recebido a “chave”, foi lhe outorgado (em Manaus, parece) a autoridade para repassar ou impetrar essa unção. E assim fez. Agora é pagar para ver. Mas voltando a Isaías, parece-me que o capítulo 60 inteiro versa sobre o Milênio, mas os versos 19-22 com certeza. Qualquer homem que começar o milênio casado, mesmo com pouco esforço, terá mais que mil descendentes durante os mil anos, tranqüilo. Um outro mais afoito gera uma nação.
Durante o congresso, cada dia e cada noite (cinco vezes, portanto), o Pr. Renê levantou uma oferta, citando Deut. 16:16 como base bíblica para o procedimento. “Ninguém aparecerá de mãos vazias perante o SENHOR.” E Pr. Renê é o SENHOR? Ele não leu o verso todo, que começa assim: “Três vezes no ano, todos os teus varões aparecerão perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher…” Só que ele concitou as mulheres também, e quem não ofertasse estava abrindo mão da bênção de Deus. Aliás, a prosperidade material foi um refrão, tanto no encontro como no congresso.
Poucos textos citados e usados pelos palestrantes do encontro foram utilizados respeitando o contexto bíblico. Parece que o pessoal não sabe como interpretar a Bíblia (e pelo já exposto, o Pr. Renê também não sabe); aliás, eu diria ser uma fraqueza generalizada nos meios “evangélicos” do país. Se existe sequer um seminário teológico no país que ensina como fazer exegese responsável do Texto (grego ou hebraico), que realmente leva o Texto Sagrado a sério, gostaria que alguém me informasse qual é.

8) Não vou me delongar com detalhes outros: gostei do silêncio perante Deus; não gostei da música incessante; gostei da atitude de servir do pessoal de apoio; não gostei da atmosfera de campo de concentração (quase). Muita ênfase foi dada aos pecados de sexo, talvez mais do que todos os outros juntos. A “cura interior” achei detalhada demais – parecia que queriam citar nominalmente cada problema possivelmente possível. Fomos convidados a imaginar o esperma do pai atingindo o óvulo da mãe – para quê? Agora, pedir ao Espírito Santo trazer à tona quaisquer traumas escondidos na subconsciência – isso sim. O “batismo no Espírito” foi tratado de forma neo-pentecostal. Deu-se mais ênfase ao dom de línguas do que todos os outros juntos.

9) Objeções improcedentes: negar o fato de maldições hereditárias e negar o fato dos dons carismáticos. É comum citar 2 Cor. 5:17 para combater a idéia de crentes com maldições hereditárias. “Tudo se fez novo; as coisas velhas já passaram.” Taí! Maldições hereditárias obviamente são “coisas velhas”, passaram; acabou. Só vejo um pequeno problema – NÃO FUNCIONA – pelo menos não imediatamente, automaticamente. Aliás, nenhum benefício do sangue derramado do Cordeiro de Deus é automático! Jesus morreu por todos; todos se salvam? A vitória de Cristo oferece cura; crente nunca fica doente? “Tudo se fez novo”; você tem corpo novo? Nada de dor, ruga, cansaço, limitação? Obviamente “tudo” não se faz novo, imediata ou automaticamente. Do ponto de vista de Deus, que vê o fim da história, sim; para nós cá em baixo, não. A vida cristã é um processo. Continuamos sofrendo as conseqüências dos nossos pecados, e dos pecados dos outros. Existe remédio, mas é preciso fazer uso dele – remédio que fica na prateleira não resolve. As maldições hereditárias existem, com toda certeza, para crente também. É necessário cortá-las, uma por uma.
Alegar que os dons carismáticos cessaram quando a última pá de terra bateu no caixão do Apóstolo João é uma mentira histórica. Basta ler os escritos dos cristãos dos primeiros séculos da era cristã, como eu já li. Os dons ainda funcionaram durante o 2º século, o 3º século, o 4º século (aí parei de ler). Aqueles autores todos estavam mentindo? Para quê? Então os dons não cessaram. 1 Cor. 13:12 deixa claro que “o perfeito” do v. 10 tem a ver com a 2ª vinda de Cristo – é só então que veremos face a face (1 Jo. 3:2). Associar “o perfeito” com o cânon completo é insustentável (como posso demonstrar ao interessado). Após inspirar três capítulos seguidos sobre a matéria o Espírito Santo encerra a questão em 1 Cor. 14:39 – “procurai com zelo profetizar, e não proibais o falar em línguas.” Proibir línguas é um desacato ao Espírito Santo. Colocar línguas acima dos demais dons é outro desacato.

10. Conseqüências: tenho ouvido falar de coisas boas, como também de coisas ruins. Se o encontro é tremendo então as coisas boas são exatamente as esperadas. Amém. Mas coisas ruins? Já ouvi falar (não conheço pessoalmente) de pessoas adulterando agora que não adulteravam antes; de quem adulterava antes e continua; de quem entrou em depressão que antes estava bom; de vários que ficaram doentes que antes gozavam de saúde. Eu mesmo senti um peso espiritual durante pelo menos duas semanas. O Pr. Renê abordou a questão: na opinião dele o problema está na falta de conduzir o pós-encontro adequadamente. É que (na palavra dele próprio) durante o encontro sete áreas da vida das pessoas ficam abertas e é no pós-encontro que essas sete áreas devem ser fechadas. Ai, ai, ai! Eu mesmo não fiz o pós-encontro porque ninguém me avisou quando ou aonde – aliás, nem sei se aconteceu. E como ficam minhas sete áreas, abertas ao inimigo até hoje?
Creio não ser necessário insistir – estamos diante de uma questão bastante séria. Presumivelmente as áreas são abertas durante o encontro para facilitar a ação do Espírito Santo nelas. Eles disseram abertamente que não havia perigo de atuação maligna naquele ambiente [ledo engano – parece que não entendem muito de guerra espiritual, embora falem bastante a esse respeito]. Mas, e depois de sair do ambiente? A proteção continua? Como? Então quem não fizer o pós-encontro está frito! E as pessoas foram alertadas adequadamente a respeito do perigo que estavam correndo?
Está na hora de parar e pensar. Por uma questão de consideração básica, lealdade e justiça, as pessoas devem ser claramente orientadas a respeito de qualquer procedimento semelhante. Depois de tratar uma área, deve ser fechada imediatamente, ou no mínimo antes de sair do local. Mas, como exatamente funciona esse negócio de abrir e fechar áreas? Não sei, pois se está na Bíblia não reconheci ainda. Mas se não está na Bíblia, de onde vem? Parece-me que o espiritismo tem esse expediente de abrir e fechar áreas, abrir e fechar o corpo, etc. Se alguém tem base bíblica para o procedimento gostaria que me informasse. Quero aprender.

11) Cautela: em qualquer empreendimento, e principalmente em prol do Reino de Cristo, é aconselhável levar em consideração a índole do povo e sua cultura. Nosso povo é muito imediatista; gosta das coisas fáceis, bênção sem esforço, etc. Mas o discipulado verdadeiro tem preço. A salvação vem para nós de graça – isto é, ninguém merece, ninguém pode comprar. Andar com Deus custa tudo. E depois, quem vai ser discipulador? Você não pode repassar o que você não tem. Se os discipuladores não forem adequadamente preparados, a proliferação rápida de células levará ao desmoronamento da coisa. A “sopa” ficará cada vez mais rala; o feijão terá cada vez mais água e menos caroço.

12) Conclusão: O retorno às necessidades bíblicas de confronto com o pecado, arrependimento sincero, compromisso com o Senhor Jesus e seu Reino, discipulado sério em fim, é mais do que bem vindo. Chega tarde. A ênfase na libertação de maldições, “rabos”, traumas e pesos, é deveras necessária. Pena que nem todos os ministrantes entendem adequadamente do assunto, mas pelo menos estão tentando.
Um modelo autoritário, tipo pirâmide, é condenável – o Senhor Jesus proibiu. A tendência da “visão G-12”, como conduzida pelo Pr. Renê Terranova, será a criação de uma nova denominação dominada por ele. Mas como o Pr. Renê não sabe interpretar a Bíblia, não há como ele estar subordinado a ela. Claro, como no caso de Estevão já citado – ele vai seguir suas próprias idéias erradas e não o que o Texto realmente diz. Como já está acontecendo, dele emanarão diretrizes espúrias, coisas improcedentes, não-bíblicas, quando não anti-bíblicas. Quem embarcar na canoa dele estará embarcando numa canoa furada. Quem viver, verá.
E agora, que fazer? Creio que devemos resgatar exatamente as necessidades e ênfases de fato bíblicas, fazer como o Senhor Jesus mandou fazer. Cada igreja, ou grupo de igrejas, deve adaptar a visão para seu próprio gasto, rejeitando as idéias malignas e prejudiciais que já se infiltraram na coisa. Como já disse, aquele juramento de sigilo é satânico – cada pessoa que fez deve pedir perdão a Deus e rechaçar a fortaleza que o inimigo conseguiu na vida através disso. Abrir áreas sem fechar imediatamente é colaborar com ele, também. Comunhão e troca de idéias, incentivo mútuo, etc. entre as igrejas é muito desejável (sem pirâmide). Dessa forma poderá haver um consenso em torno do essencial, para o bem do Reino e para a glória de Deus.
Que Deus nos ajude e abençoe a todos.

Dr. Gilberto Pickering
Brasília, 03 de março de 2000