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Cortêz e Pizarro nas conquistas dos astecas e dos incas

CORTÊS E PIZARRO NAS CONQUISTAS DOS ASTECAS E DOS INCAS

Ao procedermos uma comparação dos caracteres entre Hernán Cortés e Francisco Pizarro, não encontramos diferenças significativas. Ambos eram ambiciosos e estavam sequiosos por conquistas que lhes fizessem ricos, que lhes dessem prestígios e que lhes cobrissem de glória. Não mediram esforços para colocar em prática seus idéias. Mesmo nos momentos mais adversos, insistiram com os seus soberanos, sempre apresentando vantagens para os investimentos nas expedições para a conquista dos povos, sobre os quais tiveram notícias e principalmente depois de terem visto pessoalmente a abundância de tesouros nas culturas Asteca e Inca. Em nome da fé cristã cometeram assassinatos deprimentes, crimes hediondos e julgamentos forjados. Ao lermos a história destas conquistas sentimos verdadeira repugnância pelos métodos que foram utilizados.
Ambos eram frios e calculistas. Nada impedia as suas práticas criminosas. Nada justificava o modo como trataram os indígenas. Somente mentes insanas poderiam colocar em prática métodos bárbaros para em nome do cristianismo agregar colônias, sob a alegação da necessidade destes povos serem evangelizados. Tudo o que conseguiram foi destruir culturas inteiras. Nos sentimos constrangidos e tristes em saber que foram totalmente destruídos de forma tão covarde, pelos que pertenciam a honrada civilização européia. É lamentável saber que os reis que ficaram conhecidos como os “Reis Católicos”, precursores que foram da reforma cristã, foram também instrumentos para a destruição de povos pacíficos que habitavam no Novo Mundo.
Ambos eram corajosos, astutos e se utilizaram das lendas dos povos conquistados para se fazerem passar por libertadores e salvadores destes povos. Ambos eram autoritários e opressores. Cortés morreu praticamente na miséria e Pizarro com o mesmo ferro com que feria de morte, ferido de morte foi também. A sociedade moderna se envergonha de conquistas tão desastrosas em nome da fé Cristã

Augusto Bello de Souza Filho
Bacharel em Teologia

BIBLIOGRAFIA

– Gonzalez, Justo L., “Uma História Ilustrada do Cristianismo”, 1ª Edição, 1984, Sociedade Religiosa Edições Nova Vida, São Paulo – SP.

– A. Tucker, Ruth, “…Até aos Confins da Terra”, 1ª Edição, 1986, Sociedade Religiosa Edições Nova Vida, São Paulo – SP.

– Grimberg, Carl, “História Universal – As Descobertas Geográficas”, Edição Especial, 1989, Sociedade Comercial Y Editorial Santiago Ltda, Santiago – Chile.

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  1. EDUARDO LEITE DE AQUINO JÚNIOR

    Curiosa interpretação dos fatos históricos. Porém, deixo umas observações para análise: 1)MOTIVAÇÂO: Certamente não foi “em nome da fé cristã” que nobres e militares mercenários empreenderam as conquistas em questão. Parece que todos “eram ambiciosos e estavam sequiosos por conquistas que lhes fizessem ricos, que lhes dessem prestígios e que lhes cobrissem de glória”. 2)”Em nome da fé cristã”, muitos crimes foram cometidos por séculos e por indivíduos de todos ou credos cristãos; antes e após a reforma.Certamente uma grande incoerência com a mensagem de Amor e Fraternidade universal legada por Jesus. 3) Os “povos pacíficos que habitavam no Novo Mundo” ,nada tinham de pacíficos. eram opressores dos povos vencidos e suas religiões eram adeptas do sacrifício humano.4) Em algum momento, as culturas primitivas avançam para novos níves. Não que atinjam a perfeição, mas abandonam formas menos civilizadas de comportamento e seguem mudando pelos séculos até que TODOS construamos o Reino de Deus em nós e na humanidade. Deus nos abençoe!

    • admin

      Boa tarde irmão Eduardo! Muito obrigado pelo comentário. Assino embaixo também. Abraço. Augusto Bello de Souza Filho, Bacharel em Teologia.

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